A mobilidade pessoal elétrica está se transformando e Renato Maia do canal Falando de Carro questiona: será que este modelo funciona no Brasil também? O especialista mostra um eletroposto da TotalEnergies em rodovia na França, com recargas rápidas e lentas, e cita valores que chamam atenção.
Renato Maia é referência em mobilidade elétrica no Brasil. Seu canal no YouTube (@renatommaia) e perfil no Instagram (@falandodecarro), com mais de 200 mil seguidores, têm explorado como a eletrificação avança lá fora. Vamos entender essa estrutura francesa, comparar custos e refletir se ela pode ser replicada por aqui.
O que é um eletroposto TotalEnergies na França e como funcionam os carregadores?
Renato destaca que esses eletropostos oferecem até seis pontos de recarga de 150 kW e estações menores com até 50 kW, incluindo plugues Chademo. Basta estacionar, conectar o carro e pagar para carregar.
Na França e na Europa, operadoras como a TotalEnergies estão investindo pesadamente em redes rápidas ao longo das rodovias, apoiando a adoção de veículos elétricos com infraestrutura eficiente.
Quais são os valores cobrados por kWh e as tarifas de ociosidade?
Segundo Renato, os custos nos pontos da TotalEnergies são:
- Até 50 kW: €0,52/kWh
- Acima de 50 kW: €0,62/kWh
- Taxa de inatividade: €0,40 por minuto após o carregamento terminar
Essas tarifas são aplicadas para evitar ocupação prolongada e manter o fluxo de veículos nos eletropostos, favorecendo uma mobilidade mais eficiente e organizada nas estradas.
De quanto é o custo médio por 100 km ao usar esses eletropostos?
Com base na taxa de até 50 kW (€0,52/kWh), o custo médio por 100 km fica em cerca de €10,40. Já em estações de maior potência (€0,62/kWh), o valor sobe para aproximadamente €12,40 por 100 km.
Vale lembrar que tarifas podem ser reduzidas com planos de assinatura ou recargas feitas fora de horários de pico, o que torna o custo-benefício ainda mais atraente para usuários frequentes.
Por que essa estrutura de preços existe na Europa?
A variação de preços por kWh e a cobrança por minuto ocioso têm dois objetivos principais: incentivar a rotatividade nos pontos de carga e compensar os custos operacionais das estações de alta potência.
Com essa estrutura tarifária, as operadoras garantem sustentabilidade econômica e melhoram a experiência dos usuários, ao mesmo tempo em que otimizam a ocupação dos eletropostos ao longo das rodovias.
Será que esse modelo de eletroposto e precificação pode dar certo no Brasil?
A dúvida de Renato ressoa com a realidade brasileira: temos rodovias com postos, mas faltam eletropostos padronizados e confiáveis. No Brasil, a implantação desses pontos ainda engatinha; e sem tarifas padronizadas ou taxa de ociosidade, há risco de ocupação indevida.
Existem iniciativas privadas e públicas, mas estamos longe do nível de cobertura e organização vistos na Europa. Adotar tarifas diferenciadas por faixa de potência e aplicar multa por tempo ocioso seria uma evolução alinhada com o modelo francês.
Quais passos o Brasil precisaria para implementar esse sistema?
- Investir em infraestrutura de rápida potência: equipamentos acima de 150 kW nas rodovias, com carregamento em 20–30 minutos.
- Políticas claras de tarifação: definir valores por faixa de potência e por minuto ocioso, reguladas por órgãos públicos.
- Integração digital: apps, cartões e pagamento por QR code padronizados e com acesso fácil.
- Incentivos e subsídios: descontos em energia, apoio estatal e parcerias público-privadas.
E quem divulga essa transformação elétrica na França?
Renato Maia mostrou no local veículos como o ID.4 e o EV.9 utilizando a estação, destacando a versatilidade dos eletropostos para diferentes tipos de carros elétricos. A mobilidade elétrica não é apenas uma tendência, é uma realidade integrada que envolve rodovias, tecnologia e estrutura inteligente.
#EaiVaiPegarEssaNaEstrada?
Seria possível ver eletropostos como os da França nas rodovias brasileiras? Isso depende de vontade política, planejamento e investimento privado. Os carros elétricos não são mais uma promessa – já estão circulando, e só falta o suporte ideal para acelerarem por aqui.
Se você se interessa por mobilidade elétrica, acompanhe Renato no Falando de Carro (@falandodecarro) e comece a imaginar como será sua próxima viagem… sem combustível fóssil.