A ausência de grandes nomes como Einstein ou Newton no cenário atual intriga muitos. Para Sérgio Sacani, astrônomo e divulgador científico (@spacetoday), essa percepção pode estar equivocada. Os verdadeiros gênios de hoje talvez estejam entre nós, mas ainda não foram reconhecidos como tais. Afinal, a genialidade costuma ser notada com o passar do tempo.
Por que sentimos falta de grandes gênios como Einstein ou Newton?
Na história da ciência, figuras como Galileu, Newton e Einstein só foram amplamente valorizadas muitos anos após suas contribuições. Sérgio Sacani lembra que, em suas épocas, esses cientistas enfrentaram resistência, foram desacreditados e, em alguns casos, até perseguidos por suas ideias. A ausência de nomes “icônicos” hoje pode ser mais uma questão de tempo do que de talento.
Os gênios de hoje são ignorados?
Para Sacani, sim. Ele cita o exemplo dos pioneiros da inteligência artificial, que nos anos 1960 e 70 foram relegados a porões de universidades. Hoje, esses mesmos nomes ocupam posições de destaque nas maiores empresas de tecnologia do mundo. A falta de reconhecimento imediato não invalida o impacto revolucionário que suas descobertas e criações terão no futuro.
Como reconhecer um gênio ainda em vida?

A genialidade, segundo Sacani, não está apenas em grandes descobertas teóricas, mas também em quem muda a forma como vivemos. Pesquisadores que trabalham em áreas como computação quântica, física de partículas, robótica e neurociência estão construindo as bases do mundo de amanhã. O impacto de suas contribuições pode só ser compreendido décadas depois.
Por que essa percepção de genialidade é tão relativa?
O reconhecimento de um gênio envolve fatores históricos, sociais e até culturais. Muitas descobertas só se tornam visíveis quando seu efeito é amplamente sentido. Além disso, o ambiente acadêmico e tecnológico atual é mais coletivo, o que dilui a fama individual. Ainda assim, há mentes transformadoras entre nós , talvez só falte tempo para enxergarmos isso.
Conclusão: estamos vivendo uma nova era de genialidade?
Sérgio Sacani acredita que sim. Os grandes nomes da ciência moderna podem não ser ainda reconhecidos como tais, mas suas contribuições estão moldando silenciosamente o futuro. Assim como Galileu apontou sua luneta para o céu e mudou nossa visão do universo, há hoje quem programe algoritmos ou construa telescópios que redefinirão o amanhã.
Em vez de perguntar onde estão os gênios, talvez devêssemos olhar com mais atenção ao nosso redor. A genialidade continua existindo, apenas aguarda seu tempo para ser compreendida e celebrada.