A correia banhada a óleo do Chevrolet Onix continua sendo motivo de discussões mesmo com o ajuste no fornecedor, como explica Renato Maia, do canal Falando de Carro (210 mil seguidores no Instagram). Ele afirma que “a correia continua banhada a óleo, mas o novo fornecedor trouxe um material mais reforçado para resistir a óleos de má qualidade”. Neste artigo, vamos entender o real impacto dessa mudança e a segurança para quem dirige o Onix.
Na fala do especialista, o motor 1.0/1.2 dos modelos Onix, Tracker e Montana utiliza a mesma correia dentada banhada a óleo. O que mudou foi apenas o fornecedor, trazendo uma correia “mais parruda” – ou seja, com maior resistência aos óleos inadequados que muitos usuários utilizavam. A GM deixou claro que não há troca por corrente de comando e que, sim, a tecnologia continua a óleo.
O que realmente mudou na correia banhada a óleo?
Segundo Renato Maia, a GM não substituiu a tecnologia, apenas reforçou a correia substituindo o fornecedor. A nova peça foi desenvolvida para suportar melhor os lubrificantes fora da especificação correta, que causavam desgaste precoce. Com isso, o objetivo era reduzir falhas comuns em concessionárias, sem migrar para uma correia a seco ou corrente de comando.
Essa explicação é corroborada por um vídeo oficial da Chevrolet que confirma a troca de fornecedor, mas manutenção do sistema banhado a óleo.
Por que a correia banhada a óleo pode falhar com lubrificantes errados?
Problemas graves já foram relatados envolvendo falha no sistema de freios por entupimento da bomba de vácuo, causado por fragmentos da correia degradada. A GM reconheceu a ligação entre uso de óleos fora da especificação e a deterioração da correia.
Especialistas do setor, como Justin durante lançamento de manutenção, afirmam que “a correia é projetada para óleo Dexos, que contém aditivos que protegem a borracha. Se usar óleo genérico, não adianta, a degradação ocorre mais rápido”.
É seguro usar o novo fornecedor? E por que não adotaram corrente?
Você pode estar se perguntando: a correia mudou ou não mudou? A resposta de Renato é clara: mudou o fornecedor, manteve-se a tecnologia banhada. Quanto à migração para corrente, essa ideia foi descartada pela GM por questões de custo e projeto do motor, como destaca Renato ao perguntar ao público: “ou vocês queriam que esse carro tivesse correia de corrente?”. Esse tipo de conversinha reforça que a estratégia da GM foi manter o sistema, mas torná-lo mais robusto.
Para muitos, a adoção da corrente de comando parece mais confiável, mas envolveria alterações no projeto e encarecimento do veículo. A GM optou por aprimorar o que já tinha em vez de mudar radicalmente.
Há garantia extra contra esse tipo de falha?
Sim. A GM ampliou a garantia da correia dentada banhada a óleo para até 240 mil km, sem limite de tempo, desde que sejam seguidas as revisões com óleo Dexos em concessionária.
Além disso, ofereceu campanha para reativar essa garantia, com inspeção e substituição por R$ 660 ou menos, conforme anunciado no AutoPapo. Para quem manteve a revisão fora da rede, o custo do reparo pode ultrapassar R$ 10.000.
Mas e o que os donos estão relatando?
Usuários no ReclameAqui e vídeos no YouTube apresentam relatos de correias se desfazendo com 20 a 70 mil km mesmo usando óleo indicado. Um relato conta que “com apenas 20.000 km a correia já estava esfarelando”, causando custo de cerca de R$ 4.000.
No Reddit, donos se queixam da necessidade de revisão em concessionária e da decisão da GM em não substituir por corrente. A confiança no sistema banhado a óleo segue dividida.
Minha conclusão: devo me preocupar ao comprar um Onix?
A tecnologia banhada a óleo possui vantagens como maior eficiência e redução de ruído, mas exige manutenção rigorosa e uso de óleo Dexos. A GM atendeu parcialmente à demanda, mas manteve o sistema. Quem segue a manutenção, possui garantia estendida e não deve enfrentar problemas.
Para futuros ou atuais donos: acompanhe revisão com óleo recomendado, mantenha histórico de manutenção em concessionária e aproveite a cobertura de 240 mil km. Desse modo, a correia “mais parruda” realmente pode entregar bom desempenho.
Falando nisso: o que a GM deveria fazer de diferente?
Você já imaginou o que aconteceria se adotassem corrente de comando nos motores 1.0/1.2 brasileiros? Manutenção mais simples para o dono, menos risco de falhas graves, mas custos de produção mais altos. Enquanto isso, a GM apostou na correia reforçada com óleo específico. E você, concorda com essa estratégia?
