A garantia de bateria nos carros elétricos costuma gerar muitas dúvidas entre quem está pensando em migrar para a mobilidade elétrica. Um dos principais mitos é acreditar que a duração da bateria termina junto com a garantia de fábrica, normalmente estipulada em 8 anos. Mas será que isso é verdade?
Quem explica isso com clareza é Mateus Afonso, especialista em carros elétricos e fundador do perfil @eletricarbr no Instagram, onde compartilha análises e testes com diferentes modelos de veículos eletrificados. Com mais de 278 mil seguidores, ele se dedica a desmistificar esse mercado e ajudar consumidores a tomar decisões mais conscientes.
Por que “garantia da bateria” não define sua vida útil?
Muita gente acredita que, ao acabar a garantia da bateria, o carro também deixa de funcionar — mas isso está longe de ser verdade. A garantia é apenas um compromisso contratual do fabricante, assim como a garantia geral do veículo, que pode ser de 2 a 6 anos dependendo da marca. Ou seja, ela serve para proteger o consumidor contra falhas prematuras, não para delimitar o fim do uso.
Segundo Mateus Afonso, essa confusão é comum, especialmente entre os novos interessados em carros elétricos ou híbridos. Ele explica que a garantia de 8 anos virou um padrão entre fabricantes de baterias de alta tensão, mas o carro segue funcionando normalmente depois disso, desde que a bateria esteja em boas condições de uso.

Quantos quilômetros a bateria realmente aguenta?
O que realmente determina a durabilidade da bateria são os chamados ciclos de recarga — e não o tempo de uso em anos. Cada ciclo representa uma carga completa seguida de uma descarga total. Marcas como a BYD estimam até 5.000 ciclos para suas baterias, o que, na prática, pode equivaler a cerca de 1 milhão de quilômetros rodados.
Mateus relata que já testou modelos com mais de 300 mil, 400 mil e até 500 mil quilômetros ainda com as baterias originais. No mercado internacional, especialmente com veículos da Tesla nos Estados Unidos, há muitos casos documentados de baterias que superaram essa marca sem comprometer o desempenho do carro.
E se um dia for preciso trocar a bateria?
Mesmo que algum dia a substituição da bateria se torne necessária, o cenário não é mais tão preocupante quanto antes. Isso porque o custo da tecnologia caiu significativamente: de acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA), o preço das baterias caiu cerca de 90% nos últimos 15 anos, tornando o reparo ou troca cada vez mais acessível.
Mateus ressalta que, se esse avanço continuar, é de se esperar que até 2040 a substituição de uma bateria seja economicamente viável para a maioria dos motoristas. Além disso, o avanço em tecnologias de reaproveitamento e manutenção de células pode permitir reparos localizados, sem a necessidade de troca completa.
Carros híbridos também têm baterias elétricas?
Sim, e isso é algo que muitos consumidores ainda não se deram conta. Carros híbridos, inclusive os modelos mais vendidos no Brasil, como híbridos-leves e plug-in, também utilizam baterias de alta tensão semelhantes às dos elétricos puros. Ou seja, fugir dos elétricos por medo de “bateria que estraga” não faz sentido, pois a tecnologia está presente em ambas as categorias.
Mateus reforça que as mesmas dúvidas e mitos que rondam os elétricos se aplicam aos híbridos. E como esses modelos já dominam segmentos de mercado, a convivência com a bateria elétrica será cada vez mais comum — com ou sem tomada.

Como planejar a compra sem medo da bateria?
A orientação de Mateus Afonso é clara: com informação e planejamento, a bateria deixa de ser uma preocupação. Ele recomenda considerar alternativas como consórcio digital, como o do parceiro Clube, que permite simular valores e montar planos de pagamento acessíveis para adquirir o carro ideal sem depender de financiamento ou juros altos.
Essa estratégia ajuda a tornar a compra mais racional e planejada, especialmente em um cenário onde o custo da bateria tende a cair ainda mais. Segundo o especialista, a durabilidade do veículo não está limitada pela bateria e, com bons hábitos de uso, a vida útil pode ser superior à do próprio carro em si.
Quais fontes reforçam essa visão sobre baterias?
O conteúdo apresentado por Mateus Afonso está alinhado com estudos e diretrizes de instituições reconhecidas internacionalmente. A Agência Internacional de Energia (IEA), por exemplo, confirma a queda expressiva no custo das baterias desde 2010, com projeções de redução contínua. O Ministério de Minas e Energia também apoia políticas de incentivo à eletrificação veicular no Brasil.
Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca a importância da transição energética para reduzir emissões de poluentes e melhorar a saúde pública — papel em que os veículos elétricos, com baterias mais duráveis, ganham destaque.
Garantia não é validade: o que isso muda para você?
Com tudo isso em mente, fica claro que garantia de bateria é uma proteção, não um prazo de validade. O carro elétrico — ou híbrido — pode durar muito mais do que o tempo de cobertura contratual. Entender essa diferença é essencial para tomar uma decisão de compra mais segura e consciente.
Se você ainda tem dúvidas sobre como escolher o modelo ideal ou quer simular um plano de aquisição, acesse o link da EletricarBR ou comente “clube” no Instagram do @eletricarbr para receber suporte direto da equipe. A mobilidade elétrica é uma realidade — e está mais acessível do que nunca.