A BYD Shark Plug‑In com recarga rápida, segundo Mateus Afonso, do @Eletricarbr, pode revolucionar a forma de usar híbridos, transformando-os em verdadeiros elétricos do dia a dia.
Mateus Afonso é fundador do Eletricarbr, um canal especializado em veículos elétricos e híbridos, com foco na mobilidade sustentável. Com sólida presença no Instagram com 276 mil seguidores e reconhecido por parcerias como embaixador do Grupo Barigui, suas análises são referência sobre mercado automotivo elétrico no Brasil.
O que muda quando um híbrido plug‑in passa a usar recarga rápida como um elétrico?
Quando surgiram os híbridos plug‑in (PHEV), a expectativa era que os donos recarregassem só em casa, em tomada comum (AC), aproveitando o motor a combustão nas viagens. Mas o que vimos na prática foi diferente: modelos como a BYD Shark e o Song Premium passaram a aceitar recarga rápida em corrente contínua (DC), conectando diretamente à bateria e eliminando o limitador de carregamento interno. Isso permite parar em um ponto igual aos carros elétricos e aguardar a recarga, aproveitando os benefícios da condução elétrica pura com maior economia e conveniência.
Essa evolução torna os híbridos muito mais versáteis, já que é possível programar paradas estratégicas em estações de recarga rápida. Assim, o veículo passa a ser utilizado de forma semelhante a um elétrico puro, mesmo mantendo o motor a combustão como alternativa.

Por que muitos proprietários estão optando por carregar o híbrido rapidamente?
Muita gente decidiu adotar a recarga rápida mesmo nos híbridos plug‑in por dois motivos principais. Primeiro, carregar em corrente contínua é bem mais rápido do que no carregador de bordo (AC) e, muitas vezes, mais barato do que encher o tanque. Segundo, quem busca rodar no modo elétrico o tempo inteiro se beneficia da recarga rápida em longas viagens — basta programar o percurso e parar para recarregar, similar ao que se faz com carros elétricos puros.
Isso tem mudado o perfil de uso dos híbridos: muitos motoristas praticamente não usam mais o motor a gasolina. A recarga em estações públicas se tornou parte da rotina, inclusive com filas de híbridos plug‑in em carregadores rápidos, algo que antes parecia improvável.
Quais as diferenças entre os modelos da BYD nesse aspecto?
Na BYD, a picape Shark oferece recarga rápida de até cerca de 40 kW em DC, enquanto o novo Song Premium já suporta recarga acima de 100 kW, chegando ao patamar dos elétricos puros em termos de velocidade de recarga. Isso mostra que os híbridos estão evoluindo para poder usar a infraestrutura elétrica de forma plena — é importante apenas consultar a potência efetiva do carregador e do veículo.
Além disso, vale observar que essa capacidade de carregamento muda a experiência do usuário. Com tempos de espera mais curtos, o uso em viagens longas fica mais viável. E, com a infraestrutura de recarga se expandindo no Brasil, a tendência é que esse comportamento se intensifique ainda mais.

Você esperava que híbridos plug‑in fossem carregados assim?
O movimento pode surpreender, mas faz todo sentido: se existe carregador rápido disponível e o carro aceita, por que não usá-lo? Os híbridos se tornaram elétricos de fato no uso diário, tanto em casa quanto em estradas, aproveitando a economia do modo EV e a flexibilidade do motor a combustão quando necessário.
Essa transição silenciosa vem ocorrendo com cada vez mais força, mostrando que o comportamento dos motoristas se adapta às novas possibilidades. Híbridos plug‑in já são usados majoritariamente em modo elétrico por uma grande parcela de seus proprietários.
Quer ver ao vivo como funciona na prática?
Aproveite e visite a concessionária BYD Barigui, em Curitiba: lá você pode conhecer de perto a Shark, o Song Premium e outros híbridos plug‑in com recarga rápida. Testar pessoalmente ajuda a entender esse novo comportamento que está ganhando força no Brasil — que é praticar como se tivesse um elétrico, mesmo dirigindo um híbrido.
Segundo Mateus Afonso, essa é uma forma acessível de entrar no mundo da eletrificação veicular sem abrir mão da praticidade. E com os novos lançamentos da BYD já vindo com esse padrão, a tendência é que isso se torne o novo normal no mercado nacional.
O que esse fenômeno revela sobre a mobilidade sustentável?
Esse fenômeno mostra que a evolução tecnológica e a adaptação dos condutores caminham juntas. Os híbridos plug‑in com recarga rápida estão cruzando a fronteira entre o motor a combustão e a condução elétrica pura. O resultado é uma mobilidade mais econômica, menos poluente e versátil, com transição suave para elétricos completos. Uma caminhada inteligente rumo a um futuro mais sustentável.
O crescimento da infraestrutura e a ampliação das opções com recarga DC em híbridos representam uma virada de chave para o uso real desses veículos no Brasil. A adoção da recarga rápida se tornou uma escolha lógica — e agora, inevitável.