A esperançar, conceito defendido por Mario Sergio Cortella, é muito mais do que esperar por dias melhores — é um chamariz à ação, união e transformação, ecoando o pensamento de Paulo Freire.
Mario Sergio Cortella é filósofo, professor da PUC‑SP e autor de diversos livros (como Qual é a tua obra?). Em suas redes sociais (Instagram @cortella, Saber Ampliado), ele destaca a necessidade de coragem e atitude ativa diante dos desafios. Neste texto, vamos explorar como a “esperança do verbo esperançar” pode transformar vidas e estimular ações coletivas, sempre com base em dados e reflexões reconhecidas.

O que exatamente é “esperançar”?
A “esperançar” não é apenas desejar o bem — é agir com esperança. Cortella cita Paulo Freire para mostrar que quem apenas espera, está apenas aguardando, sem mobilização . Já quem esperançar, “é ir atrás, é se juntar, é não desistir”. No contexto atual, acreditar sem agir não é suficiente, afirmam os dois pensadores. A esperança ativa, ou esperançar, implica unir forças e fazer acontecer.
Por que agir com esperança é urgente hoje?
Vivemos em tempos complexos: crises econômicas, desafios ambientais, desigualdades que persistem. Segundo Paulo Freire (1992), esperança exige ação, senão se torna espera vazia — e sem movimento, não há mudança . Cortella reforça isso ao dizer que não basta esperar, “é preciso agir — juntar forças, reunir coragem, não desistir” . A mensagem é clara: ação coletiva com esperança gera impacto real.
Esperançar ou esperar? Qual é a diferença?
Esperar significa pensamento passivo: “eu espero que melhore” — sem plano, sem engajamento. Já esperançar exige atitude ativa: buscar, construir, resistir aos obstáculos . Na educação, no trabalho, na sociedade, essa diferença é crítica. Dados da UNESCO mostram que o engajamento comunitário (um tipo de esperançar) favorece saúde mental e senso de pertencimento. Esperar sem se mover, por outro lado, pode gerar desmotivação e sensação de inutilidade.
Como o pensamento de Paulo Freire embasa essa ideia?
Paulo Freire, no livro Pedagogia da Esperança (1992), argumenta que a esperança é uma necessidade ontológica, mas sem ação ela se esvai . Ele propõe que a educação libertadora é movida pela esperança ativa — dialógica e transformadora — e não pela espera passiva . Cortella retoma essa ideia chamando atenção para o verbo “esperançar” como antídoto possível contra o fatalismo.
Como podemos esperançar na prática?
- Organização coletiva: buscar soluções em grupo (comunidades, ONGs, escolas) já é uma forma de esperançar;
- Ação local: pequenas iniciativas — plantar, ensinar, apoiar — ajudam a ressignificar nosso entorno;
- Perseverança ativa: esperar por mudanças, mas agir todos os dias para que elas aconteçam.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que comunidades engajadas em projetos sociais têm índices menores de ansiedade e solidão. Isso mostra que a esperança coletiva, somada à ação, promove bem-estar e sentido de vida.
E se eu só esperar? Isso faz mal?
Sim. A espera sem ação tende a gerar desânimo, sensação de impotência e aderência ao pessimismo . A psicologia positiva alerta que a sensação de incapacidade decorre da percepção de vidas sem controle — característica de quem apenas espera. Por outro lado, agir, mesmo em passos pequenos, reflete esperança e fortalece a motivação psicológica.
Curiosidade: como Cortella ajudou a popularizar esse termo?
Em 2019, Cortella publicou no LinkedIn artigo chamado “O verbo esperançar”, explicando com clareza as diferenças entre esperar e esperançar. Ele traz metáfora: a água que se adapta a um copo, mas precisamos transbordar . Esse conteúdo dialoga diretamente com seu livro Educação e Esperança e vídeos no Instagram, consolidando a expressão entre seus seguidores.
Como aplicar esse conceito no dia a dia?
- Na escola: professores podem estimular alunos a enfrentarem desafios por meio de projetos colaborativos, transpondo teoria em ação;
- No trabalho: equipes que agem com propósito e esperançam constroem mais engajamento e resultados reais;
- Na comunidade: campanhas locais, da limpeza à cultura, mostram como pequenos gestos geram grandes mudanças.
Esperançar pede união — sem isso, só há pessoas esperando, não transformando.
Fontes oficiais e apoio científico
- Paulo Freire, Pedagogia da Esperança (1992) — esperança como impulso à transformação pt.wikipedia.org+3pt.wikipedia.org+3en.wikipedia.org+3
- Unesco/OMS — engajamento comunitário fortalece bem-estar mental (relatórios globais de saúde)
- Mario Sergio Cortella, LinkedIn “O verbo esperançar” (2019) e Instagram “Esperançar é verbo de ação!” pensador.com+5instagram.com+5facebook.com+5
- Paulo Freire – Pedagogia da Esperança – UNESCO
- OMS / UNESCO – documentos sobre saúde mental e engajamento comunitário
- Mario Sergio Cortella – publicações oficiais no LinkedIn e Instagram