Bradesco, banco digital ou cooperativa de crédito? Larissa Brandão, advogada bancária e conselheira estadual da OAB/MS na Comissão de Defesa do Consumidor, alerta: “os bancos querem te prender na dívida”. Suas análises identificam os três tipos de instituições onde é mais arriscado ficar inadimplente.
Larissa Marques Brandão é advogada especialista em Direito Bancário e do Consumidor, conselheira estadual da OAB/MS e presidente da Comissão Estadual de Defesa do Consumidor da OAB/MS. Atua com defesa em execuções e revisional de dívidas e frequentemente compartilha orientações no Instagram @larissa.brandao.adv e TikTok @larissabrandao.adv.
Por que o Bradesco é apontado como o terceiro pior banco?
Larissa explica que muitos contratos do Bradesco incluem seguros e taxas ocultas não solicitadas pelo cliente, elevando consideravelmente o valor final da dívida. Essa prática encarece e complica a quitação, tornando a negociação mais difícil.
Esses encargos embutidos geram um aumento no custo total da dívida, prejudicando o consumidor que muitas vezes não percebe os acréscimos até estar profundamente endividado.

Como os bancos digitais se tornam o segundo pior cenário?
Bancos digitais como Will Bank, PagBank, Banco PAN recebem muitas reclamações por dívidas aparentemente pequenas (4 a 5 mil reais) que se transformam em obrigações astronômicas, chegando a quase 1 milhão de reais.
Larissa observa que essas instituições aplicam juros compostos altíssimos e encargos cumulativos, multiplicando o valor original da dívida de forma incontrolável.
Por que as cooperativas de crédito são consideradas o pior tipo de instituição para dever?
Cooperativas como Cicob, Cicred, Crefisa e Cressol costumam ingressar com processos judiciais desde dívidas muito pequenas, geralmente a partir de mil reais.
Larissa destaca que essas cobranças judiciais ocorrem rapidamente, com custos legais elevados, e sem oferecer ao devedor alternativas de negociação ou revisão prévia.

O que o especialista recomenda aos consumidores endividados?
Com base na experiência prática, Larissa incentiva que o devedor tenha atenção ao contratar empréstimos ou crédito, verificando cláusulas de seguros obrigatórios e encargos adicionais.
Quando a dívida já existe, sugere solicitar termo de quitação, acompanhar o extrato no Registrato do Banco Central, reclamar se houver valores indevidos, ou considerar ação revisional.
Essa abordagem está alinhada com diretrizes oficiais?
Sim. O Banco Central e a própria jurisprudência do STJ consideram prática abusiva a inclusão de seguros obrigatórios e taxas excessivas não solicitadas — permitindo revisão judicial ou indenização por dano moral.
O Ministério da Justiça e órgãos de defesa do consumidor também alertam contra superendividamento por juros abusivos e contratos enganosos.
Por que esse tema importa para quem está devendo?
Entender onde a dívida pode crescer mais rápido ajuda o consumidor a tomar decisões conscientes e evitar armadilhas.
Com conhecimento dos riscos, é possível buscar renegociação com maior segurança, exigir transparência e até ingressar com ações de revisão quando houver cobranças abusivas.
Perguntas finais – quais bancos mais prejudicam quem deve hoje?
Você conhece alguém devendo em banco diferente dos mencionados? Qual instituição você quer ver em análises futuras?
Larissa convida os seguidores a comentar no vídeo e sugere que um tema com mais respostas poderá virar vídeo futuro abordando outro banco.
Quais fontes foram usadas
- Comissão de Defesa do Consumidor da OAB/MS – oabms.org.br