O surgimento dos cartões no futebol ganhou destaque na fala descontraída de Jozão, influenciador com 679 mil seguidores no Instagram (@jozaofutebol). Ele revela a história curiosa da criação dos cartões amarelo e vermelho, sem citar diretamente datas, mas explicando a ideia base: cores universais para comunicação em campo. Jozaofutebol traz tom leve e humor, mostrando quem somos quando falamos de futebol e tradição.
Jozão, nome artístico de um apaixonado por futebol, publica vídeos sobre curiosidades da modalidade. Neste tema, ele fala sobre a Copa de 1966 e um árbitro alemão que não conseguia se comunicar com jogadores argentinos. O impasse levou à necessidade de sinalização visual, gerando uma das regras mais importantes do futebol moderno: o uso dos cartões disciplinares.
O que levou à criação dos cartões no futebol?
O surgimento dos cartões no futebol veio da dificuldade de comunicação em campo, algo que o Jozão destaca com bom humor. Na Copa de 1966, o árbitro alemão Rudolf Kreitlein expulsou o argentino Antonio Rattín, mas sem um cartão visual, a mensagem ficou confusa — sobretudo porque havia barreira de idioma.
O britânico Ken Aston, chefe dos árbitros da FIFA, percebeu ali um grande problema: decisões disciplinares eram mal compreendidas. Ele lembrou dos semáforos: Amarelo é cautela, vermelho é parada. Com essa inspiração, propôs cartões coloridos para tornar explícito aos jogadores e ao público o que estava acontecendo.

Por que os cartões são inspirados no semáforo de trânsito?
A ideia de cartões com cores nasceu de uma observação do próprio Ken Aston, que voltava de carro de um jogo em Wembley e viu o semáforo. Entendeu que o esquema semafórico – amarelo para atenção, vermelho para parada – poderia ser adaptado ao futebol, evitando mal-entendidos em partidas entre povos de línguas diferentes.
Amarelo passou a significar “este é um alerta”, enquanto o vermelho representaria uma expulsão direta. Essa codificação visual é clara para qualquer língua, em qualquer lugar, e eliminou barreiras comunicacionais no meio do jogo.
Quando os cartões amarelo e vermelho começaram a ser usados oficialmente?
A adoção oficial dos cartões aconteceu na Copa de 1970, no México. Embora a prática de advertir ou expulsar já existisse, foi ali que as cores passaram a ser usadas pela primeira vez em campo. Desde então, os cartões são obrigatórios em competições oficiais, segundo as Leis do Jogo da IFAB.
Apenas em 1992 o protocolo foi ajustado: passou-se a mostrar o cartão amarelo antes de emitir o vermelho por segundo cartão, conforme as normas da IFAB (IFAB). No futebol inglês, os cartões passaram a ser usados nos campeonatos profissionais a partir de 1976.

Qual foi o papel da arbitragem na confusão da Copa de 1966?
Na Copa de 1966, o árbitro Rudolf Kreitlein expulsou Rattín da Argentina, mas, sem o recurso visual dos cartões, gerou confusão: o jogador demorou a sair de campo e houve tensão. Jack Charlton também só ficou sabendo da advertência verbal depois, via imprensa.
Esse incidente expôs falhas na comunicação durante jogos internacionais. Aston estava na organização da Copa como chefe de árbitros e recebeu a queixa de Charlton, percebendo a urgência de um método universal. Foi ali que a ideia dos cartões ganhou força.
O surgimento dos cartões no futebol mudou o jogo?
Sim. A visualização imediata da decisão disciplinar transformou a dinâmica das partidas: jogadores, técnicos e público passam a ter clareza instantânea do status de qualquer atleta em campo. Isso trouxe mais transparência e diminuiu discussões desnecessárias.
Com a codificação de cores, árbitros conseguem impor respeito mesmo sem dominar o idioma dos jogadores — evitando confusões e polêmicas. Hoje, o cartão é tão simbólico que foi incorporado em outras modalidades esportivas – como rugby e polo aquático – seguindo o modelo iniciado no futebol.
Cartões amarelo e vermelho: o futebol precisou aprender a “falar em cores”?
Mesmo contando com árbitros polyglotas, a verdade é que o futebol aconteceu com pessoas de diversas línguas e culturas. Os cartões serviram como uma solução minimalista e eficiente, contendo mensagens universais. Como Jozão ressalta, o formato semafórico eliminou barreiras e tornou o jogo mais justo e compreensível.
Se hoje sabemos quando um jogador foi advertido ou expulso, devemos a Ken Aston a visão de enxergar no simples um grande avanço — e a Jozão por lembrar, com bom humor, que quem inventou os cartões seguiu o exemplo do trânsito.
Fontes oficiais para você conferir
- International Football Association Board (IFAB) – mudanças no sistema de cartões e Leis do Jogo
- FIFA – introdução dos cartões na Copa do Mundo de 1970
- Wikipedia – artigos sobre Ken Aston, Rudolf Kreitlein e sistema de cartões