A Dra. Aline Novatto, cardiopediatra funcional (@alinenovatto), alerta que níveis baixos de nutrientes como vitamina B12, D, zinco, selênio e ferro podem influenciar o bem-estar emocional dos pequenos.
Com experiência em cardiopediatria funcional e atuação em pré-natal, a Dra. Aline compartilha informações sobre a importância desses nutrientes para o desenvolvimento cerebral. A seguir, o artigo explicativo com respaldo em fontes como PubMed, NIH e Nature, mantendo linguagem acessível e convidativa.

Por que a vitamina B12 e outros nutrientes estão ligados à ansiedade infantil?
A Dra. Aline destaca que vitamina B12 abaixo de 600 pmol/L (aproximadamente < 810 pg/mL) prejudica a produção de mielina, afetando comunicação entre neurônios e relacionando-se com fadiga, irritabilidade e ansiedade. Estudos mostram associação entre B12 e saúde mental em crianças, embora valores ótimos variem; deficiência é geralmente < 200–250 pg/mL .
Vitamina D < 40 ng/mL pode reduzir modulação da serotonina, influenciando humor e aumentando risco de ansiedade. Observações em pacientes renais mostram relação significativa entre níveis baixos e ansiedade .
Zinco e selênio modulam neuroplasticidade e controlam estresse. A carência desses minerais tem sido associada à irritabilidade, hiperatividade e dificuldade de concentração .
Já ferro/ferritina < 50 ng/mL com saturação de transferrina < 30% afetam síntese de dopamina, prejudicando foco e controle emocional. Crianças com ferritina baixa apresentaram melhora em sintomas ansiosos após reposição.
Exames de vitaminas e minerais ajudam a identificar ansiedade na infância?
No relato, Dra. Aline indica que exames mostrando B12 abaixo de 600, D abaixo de 40, zinco e selênio abaixo de 90, ferro/ferritina e saturação abaixo dos limites sugerem desequilíbrios que podem causar sintomas emocionais. A ciência confirma que níveis reduzidos de ferritina (< 50 ng/mL) estão associados à ansiedade, baixa concentração e irritabilidade – e a reposição mostrou efeitos positivos em estudos clínicos .
Apesar de evidências promissoras, não se pode afirmar que esses nutrientes são causas únicas de ansiedade. Devem ser analisados por médicos e integrados a um quadro mais amplo, incluindo fatores psicológicos e ambientais.
Efeitos da deficiência de ferro e dopamina no cérebro?
O ferro é essencial para a síntese de dopamina e desenvolvimento cerebral, influenciando função executiva, atenção e regulação emocional. A falta dele interrompe neurotransmissão e mielinização, prejudicando aprendizagem e aumentando sintomas ansiosos .
Estudos mostram que crianças com ferritina baixa melhoram em concentração e humor após suplementação em pelo menos 12 semanas .
Como está a saúde emocional do seu filho?
A pediatria funcional busca olhar integralmente a criança. Se exames mostrarem deficiências nos níveis indicados, uma avaliação nutricional e médica pode ser o primeiro passo para apoio emocional e cognitivo.
Manter dieta equilibrada, rica em fontes naturais desses nutrientes – carnes, ovos, peixes, frutas, vegetais e oleaginosas – é essencial. Em alguns casos, suplementação controlada pode ser recomendada pelo pediatra ou nutricionista.
Como garantir os níveis ideais desses nutrientes?
Consultar um profissional para interpretar exames com base em parâmetros pediátricos é fundamental. OMS e Ministério da Saúde indicam valores de referência variados por idade; por isso, acompanhamento personalizado é importante.
A alimentação balanceada e a luz solar diária ajudam a manter bons níveis de D e minerais. Suplementos só devem ser usados sob orientação médica.
Fontes oficiais
OMS, NIH, PubMed e Nature sustentam que:
- Deficiência de B12 (< 200 pg/mL) causa alterações neurológicas, incluindo irritabilidade e ansiedade.
- Vitamina D (< 30–40 ng/mL) está ligada à regulação da serotonina e bem-estar emocional.
- Baixos níveis de ferritina (< 50 ng/mL) afetam a produção de dopamina, gerando sintomas cognitivos e emocionais .
- Zinco e selênio são coadjuvantes importantes na neuroplasticidade e defesa antioxidante