Entender os riscos da justa causa no trabalho é essencial para qualquer pessoa que deseja manter seu emprego com segurança. Muitas vezes, atitudes comuns no dia a dia podem ser interpretadas como faltas graves e levar à demissão imediata, sem que o trabalhador sequer perceba.
A advogada trabalhista Thaís Inácia de Castro, registrada na OAB/GO sob o nº 21.397 e atual Conselheira Federal da OAB (mandato 2025–2027), alerta sobre essas situações com base em mais de duas décadas de atuação na área. Com mais de 624 mil seguidores no Instagram (@thaisinacia) e atendendo em todo o Brasil, ela usa sua experiência para orientar os trabalhadores sobre seus direitos e evitar prejuízos causados por erros simples.
O que pode causar justa causa no trabalho por troca de benefícios?
Muitas pessoas acreditam que vale-refeição, vale-alimentação e vale-transporte podem ser compartilhados, mas isso é proibido pela legislação trabalhista. Esses benefícios são pessoais e intransferíveis.
Para Thaís Inácia, mesmo que “todo mundo faça”, trocar ou vender esses benefícios é perigoso – “isso pode te mandar direto pro olho da rua”. O empregador pode aplicar a justa causa por violação grave das regras internas. Essa prática, embora comum, é estritamente proibida.

Como o corpo mole pode levar à demissão por desídia?
Desídia, termo jurídico para negligência no trabalho, é definido como “preguiça, relaxo ou desleixo nas funções”. Mesmo parecer “coisinha” ou piadinha entre colegas pode caracterizar abandono das obrigações, abrindo espaço para aplicação da justa causa.
Segundo Thaís, se o empregado “escora” no ambiente emprestado, evita as tarefas ou sermos leviano, isso pode justificar a demissão. O chefe está autorizado a repreender e documentar comportamentos como esse.
Por que jogos de azar ou vendas dentro do expediente são tão perigosos?
Exercer atividades como jogo (“tigrinho”) ou vendas de produtos (ex.: cosméticos) durante o expediente prejudica o foco e a produtividade, além de desrespeitar o contrato de trabalho.
Thais Inácia alerta que “você tem que estar disponível para o seu patrão”, dedicando 100% do tempo às tarefas profissionais. Qualquer atividade paralela pode ser interpretada como falta grave e justificar a justa causa.

Como prevenir a demissão por justa causa no trabalho?
Evite trocar ou vender seus benefícios, cumpra rigorosamente suas obrigações e jamais exerça atividades paralelas sem autorização. Se perceber que está se acomodando, assuma responsabilidades novamente e converse com seu gestor.
Manter-se alinhado às normas contratuais e conduta exigida evita problemas.
Quem é Thaís Inácia de Castro?
Thaís Inácia atua há 22 anos como advogada trabalhista e é conselheira federal da OAB para o biênio 2025–2027. Ela lidera o escritório Thaís Inácia Sociedade de Advogados, fundado em 2006, com sede em Goiás e atendimento em todo o Brasil.
Também foi presidente da subseção da OAB de São Luís de Montes Belos por três mandatos consecutivos. Seu escritório oferece atendimento remoto e presencial, com política de honorários só no êxito e auxílio com justiça gratuita.
Quais os efeitos da justa causa no trabalhador?
A demissão por justa causa implica em perda de diversos direitos trabalhistas – aviso prévio, FGTS, multa, férias proporcionais e 13º. Isso pode prejudicar sua estabilidade financeira por tempo prolongado.
Segundo o Ministério do Trabalho, tais perdas estão previstas quando há “culpa grave” do empregado. Por isso, até atitudes consideradas “bobas” podem custar caro no saldo final.
E se eu for demitido injustamente por justa causa?
Você pode recorrer! A Justiça do Trabalho permite ajuizar reclamação para questionar a justa causa aplicada. Se for reconhecido que a demissão foi indevida, você pode receber todos os valores perdidos – inclusive danos morais.
A advogada Thaís Inácia conduz processos nesse sentido, garantindo justiça e reversão de descontos indevidos.
Valorize sua carreira: vale seguir essas dicas?
Sim! Manter postura profissional, honestidade e foco no trabalho evita conflitos e protege seu emprego. São atitudes simples, muitas vezes ignoradas, mas que podem prejudicar seu futuro – por exemplo, algo tão cotidiano quanto trocar o vale-refeição entre colegas.
Thaís Inácia reforça: trabalhador bem orientado não pode ser passado para trás.
Fontes oficiais para se aprofundar?
- Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) – artigos que tratam da justa causa.
- Ministério do Trabalho – orientações sobre direitos e deveres do empregado.
- OAB – informações sobre conduta ética e profissional.
- OAB‑GO – Thaís Inácia de Castro
- Site Oficial