A neuroma de Morton, explica o fisioterapeuta Henrique Baumgarth, surge quando a compressão entre os metatarsos comprime raízes nervosas, levando à fibrose como mecanismo de defesa e inflamação dolorosa. Segundo ele, “sapato alto e bico estreito irritam essas raízes, e o corpo tenta proteger com fibrose — daí a dor insuportável”.
Henrique Baumgarth é fisioterapeuta conhecido por seu método de ensino claro e direto, com mais de 30 mil alunos e 46 anos de experiência. Ele é membro do Crefito‑2 e atua no Rio de Janeiro.
Quem é Henrique Baumgarth e por que esse tema é essencial?
O fisioterapeuta Henrique Baumgarth, com credenciais no Crefito‑2 e presença ativa no Instagram, destaca-se por sua abordagem prática na saúde dos pés. O tema neuroma de Morton ganha relevância pois atinge principalmente mulheres e causa dor intensa ao caminhar, sendo fundamental entender seu surgimento e prevenção.
Neuroma de Morton: como sapatos estreitos provocam lesão nervosa?
O neuroma aparece quando há compressão dos nervos entre os metatarsos por calçados apertados, salto alto ou bico fino. Baumgarth explica que essa pressão provoca atrito constante, irritação e fibrose defensiva — um tecido cicatricial que, ao crescer, causa dor intensa por falta de espaço. A fibrose perineural, como detalha Maio Clinic e AAOS, altera fibras nervosas e causa formigamento, queimação e sensação de “pedrinha” sob o pé.
Qual o tratamento indicado por Henrique Baumgarth?
O foco inicial, enfatiza o fisioterapeuta, é aliviar a compressão: usar calçados amplos, com salto baixo e caixas largas, alargando o espaço intermetatársico para evitar fibrose e inflamação. Essa abordagem vai ao encontro de orientações da Mayo Clinic e da Merck, que recomendam mudança de calçados e uso de palmilhas ou órteses . Técnico de alongamentos, diz ele, não resolve se o espaço continua apertado — a solução é mecânica: afrouxar o calçado.
Quais técnicas adicionais ajudam no alívio?
Além do alargamento do calçado, estudos e fontes oficiais indicam:
- Palmilhas e órteses: reduzem pressão sobre os nervos, normalizando a carga da pisada .
- Fisioterapia manual: massagem e mobilização dos metatarsos promovem estabilidade e aliviam compressão.
- Infiltrações com corticosteroide: aliviam dor em até 50% dos casos.
- Ablação neural ou crioablação: em alguns casos, quando conservador.
Quando a cirurgia se torna necessária?
Se após 4 a 6 meses de tratamento conservador sem melhora significativa, pode-se indicar cirurgia. Estudo brasileiro com neurectomia por via plantar mostrou 95,8% de satisfação em amostra de 217 pacientes, com retorno à atividade em cerca de 6 semanas. A Mayo Clinic e o AAOS confirmam eficácia de 80 a 95% na exérese ou descompressão cirúrgica.
Neuroma de Morton tem cura?
Sim, é tratável. Se diagnosticado precocemente e com tratamento conservador adequado, há grande chance de resolução sem cirurgia . Alterações simples no estilo de vida — sapatos adequados, palmilhas, fisioterapia — podem evitar evolução e reduzir dor de forma significativa.
Por que algumas pessoas ignoram os sinais iniciais?
A dor intermitente ao caminhar ou sensação de “pedrinha” pode ser confundida com cansaço comum ou fascite plantar. O diagnóstico precoce depende de atenção aos sinais: dor plantar, sensação de queimação ou choque, especialmente com uso de salto ou calçados estreitos .
Fontes oficiais confirmam o que Baumgarth explica:
- Organização Mundial da Saúde (OMS): recomenda cuidados com calçados como forma de prevenção de lesões por pressão.
- Mayo Clinic e AAOS: apontam compressão mecânica, alongamento do nervo e método protetivo da fibrose, alinhados com a explicação do fisioterapeuta .
- SciELO e Acta Ortopédica Brasileira: confirmam alta eficácia da intervenção cirúrgica quando necessária.
E agora, o que fazer se houver suspeita de neuroma de Morton?
Se você sente dor intensa no antepé, queimação, formigamento ou sensação de “pedrinha” ao andar, especialmente usando salto ou sapato apertado, a primeira ação é trocar o calçado por modelos com amplo espaço no antepé e salto baixo. A seguir, consulte um fisioterapeuta ou ortopedista para avaliação.
A partir daí, o plano inclui palmilhas, fisioterapia e, se necessário, infiltrações. A cirurgia é a etapa final em casos persistentes, sempre com excelente índice de sucesso.
Fontes confiáveis que embasam este conteúdo:
- Mayo Clinic – Diagnóstico e tratamento de Morton’s neuroma
- AAOS – OrthoInfo sobre neuroma interdigital
- SciELO Brasil – Avaliação da neurectomia
- Saúde Bem-Estar – O que é e causas do neuroma de Morton
- MSD Manual – Tratamentos reconhecidos
Com base na fala de Henrique Baumgarth e nas evidências científicas, este artigo oferece um guia prático, confiável e acessível para quem busca entender, prevenir e tratar o neuroma de Morton. cuide dos seus pés — e evite que a dor dite seus passos!
