A restrição interna é uma das principais causas de crédito negado, mesmo quando o nome está limpo nos birôs de proteção ao crédito. Quem explica esse obstáculo invisível é o advogado Antônio Galvão (OAB/SC 56766), especialista em ações contra bancos e na defesa dos endividados, com atendimento em todo o Brasil e conteúdo ativo no perfil @antoniogalvao.adv no Instagram.
Neste artigo, vamos detalhar como essa “lista interna” funciona, como você pode identificar se está nela, e o passo a passo para reverter a situação diretamente pela plataforma Registrato, do Banco Central. Tudo com base nas orientações do especialista e fontes oficiais.
Por que “restrição interna” impede seu crédito? Veja o que diz Antônio Galvão
Segundo o advogado, essa é a verdadeira razão da recusa: ao negociar dívidas—como acordos com desconto, feirões ou caducidade—essas operações aparecem no Sistema de Informações de Crédito (SCR) do Banco Central. Se houver qualquer valor em “prejuízo” nos últimos cinco anos, os bancos interpretam isso como risco e negam o crédito. O passo decisivo é entrar no “Registrato” e verificar isso.
Essa explicação alinha-se com a estrutura do SCR, que registra empréstimos, financiamentos e operações acima de R$200 feitos nos últimos cinco anos. Se houver um saldo “prejuízo” maior que zero na coluna correspondente, você encontra o motivo real da recusa.

Como consultar essa restrição interna no Registrato?
O primeiro passo é escrever “Registrato” no Google, acessar o site oficial do Banco Central e entrar via gov.br. Dentro da plataforma, vá em “Relatórios SCR”, selecione os últimos cinco anos e analise os valores na coluna de “prejuízo”. Qualquer valor acima de zero indica crédito travado, conforme ensinou o advogado.
Esse passo segue exatamente o processo oficial do Banco Central para emissão do relatório de empréstimos e financiamentos (SCR), que permite ver saldo devedor, tipo de operação e data.
Você sabia? Qual a função e prazo dos dados no SCR
É curiosidade saber que o SCR guarda dados de até cinco anos, enquanto órgãos como Serasa e SPC operam em prazos menores. Esse sistema foi criado para dar transparência aos bancos sobre o histórico do devedor e subsidiar decisões de crédito.
Mesmo que sua dívida já tenha sido paga, a existência de qualquer valor registrado no SCR ainda nos últimos cinco anos pode impedir aprovação de novos empréstimos — até que bancos retirem esses dados, mesmo que haja quitação.
Efeitos de ter valor em “prejuízo” no relatório SCR
Quando seu relatório mostra “prejuízo” maior que zero, isso quer dizer que o banco registrou inadimplência anterior. Bancos utilizam essas informações para calcular risco, juros e condições do contrato. O Banco Central orienta que esses dados só sejam atualizados mensalmente.
Ou seja, mesmo com nome limpo em órgãos de proteção creditícia, seu histórico no SCR ainda pode travar negociações de crédito importantes, como financiamento habitacional ou veículo.

Como limpar essa restrição interna e recuperar seu crédito
Para remover essa barreira, você deve:
- Acessar o registrato e identificar o valor registrado.
- Negociar ou quitar o débito junto ao banco.
- Solicitar ao banco que envie ao Banco Central a exclusão ou atualização do SCR.
- Aguardar até o próximo mês, quando os dados forem atualizados no sistema.
O Banco Central informa que, após quitação ou renegociação, o banco tem até o mês seguinte para atualizar o Sistema de Informações de Crédito.
Quer limpar seu crédito travado internamente?
Se você identificou valor em “prejuízo”, negocie imediatamente com o banco, documente a quitação e solicite a atualização no SCR do Banco Central. Com isso, suas chances de aprovação melhoram e você retoma acesso a crédito com melhores condições — sem mistério e com respaldo legal.
Fontes oficiais que valem a pena conferir
- Banco Central – Registrato (o que é, como funciona)
- Banco Central – SCR e relatório de empréstimos e financiamentos