O uso do boleto bancário como meio de pagamento segue em alta no Brasil em 2025, mas junto com a popularidade desse recurso, aumentaram também as tentativas de fraude. Entre os crimes mais recorrentes está o golpe do boleto adulterado, que consiste em modificar ou criar boletos falsos para enganar consumidores e empresas. Essa prática causa prejuízos financeiros e pode comprometer a confiança em transações eletrônicas.
O golpe do boleto adulterado ocorre quando criminosos conseguem alterar informações essenciais do boleto, como o código de barras, dados do beneficiário ou valor cobrado. Muitas vezes, a vítima só percebe o problema quando nota que a dívida original permanece em aberto, mesmo após o pagamento. Por isso, compreender como essas fraudes acontecem e saber identificar boletos suspeitos é fundamental para evitar transtornos.
Quais métodos os golpistas utilizam para adulterar boletos?
Os fraudadores empregam diferentes estratégias para enganar as vítimas. Uma das técnicas mais comuns é a interceptação de mensagens eletrônicas, em que o criminoso acessa e-mails ou aplicativos de comunicação para substituir o boleto legítimo por uma versão fraudulenta. Além disso, há casos em que são criados boletos falsos do zero, com aparência semelhante aos originais, enviados por canais digitais ou até mesmo impressos.
Outra abordagem envolve a invasão de sistemas de empresas ou plataformas de cobrança, permitindo a alteração dos dados bancários antes que o boleto chegue ao consumidor. Em alguns casos, sites falsos são desenvolvidos para simular o ambiente de empresas conhecidas, levando o usuário a gerar boletos adulterados sem perceber. Essas práticas exploram tanto falhas tecnológicas quanto a desatenção dos pagadores.

Como identificar um boleto adulterado?
Reconhecer um boleto adulterado exige atenção a detalhes específicos. Para ajudar na verificação, é possível seguir alguns passos:
- Confira o beneficiário: O nome e o CNPJ devem ser os mesmos da empresa ou pessoa a quem o pagamento se destina.
- Compare os números: A linha digitável e o código de barras precisam coincidir; diferenças podem indicar fraude.
- Observe valores e datas: Valores incomuns ou datas de vencimento estranhas são sinais de alerta.
- Analise a apresentação: Erros de digitação, logotipos de baixa qualidade ou formatação desalinhada sugerem adulteração.
- Consulte fontes oficiais: Sempre que possível, gere uma segunda via do boleto diretamente no site ou aplicativo da empresa.
Como evitar cair no golpe do boleto adulterado?
Adotar medidas preventivas é essencial para reduzir o risco de ser vítima desse tipo de fraude. Algumas recomendações práticas incluem:
- Utilizar apenas canais oficiais para acessar boletos, evitando links recebidos por e-mail ou mensagens.
- Manter dispositivos protegidos com antivírus e atualizações em dia.
- Ativar autenticação em dois fatores em contas de e-mail e serviços bancários.
- Evitar pagamentos em redes Wi-Fi públicas, que podem ser alvo de interceptação.
- Conferir sempre os dados do beneficiário antes de finalizar o pagamento.
Essas ações simples ajudam a proteger tanto consumidores quanto empresas de prejuízos financeiros e transtornos causados por fraudes com boletos.
O que fazer ao identificar um boleto suspeito?
Ao desconfiar da autenticidade de um boleto, é importante agir com cautela. O ideal é não realizar o pagamento antes de confirmar as informações diretamente com a empresa emissora, utilizando canais de atendimento oficiais. Caso o pagamento já tenha sido feito para um boleto adulterado, recomenda-se registrar um boletim de ocorrência e informar o banco sobre a fraude, para tentar bloquear a transação ou rastrear os valores. A atenção constante e o hábito de verificar detalhes dos boletos são aliados importantes na prevenção desse tipo de golpe.