Nos últimos anos, o cimento queimado foi um dos protagonistas nos projetos de decoração e arquitetura no Brasil. Seja em pisos, paredes ou bancadas, esse material conquistou muitos adeptos graças ao seu visual industrial e acabamento uniforme. Entretanto, a busca por ambientes mais acolhedores começou a modificar essa preferência, dando origem a novas tendências inspiradas na natureza.
Essa transição está fortemente vinculada ao conceito de design biofílico, uma abordagem que propõe incorporar elementos naturais no design dos espaços construídos para promover bem-estar, redução do estresse e sensação de conexão com a natureza. O design biofílico vai além da simples escolha de materiais: inclui iluminação natural, vegetação interna, vistas para áreas verdes e o aproveitamento das sensações táteis proporcionadas por superfícies orgânicas. Assim, criar ambientes mais acolhedores não se limita à estética, mas resulta de uma estratégia consciente para melhorar a qualidade de vida dos usuários.
O cenário atual demonstra um afastamento do uso excessivo do cimento queimado. O interesse crescente por texturas orgânicas, superfícies com sensação tátil e materiais que remetem ao natural tem ganhado destaque. Essa mudança reflete, principalmente, a necessidade de criar espaços mais confortáveis e conectados ao ambiente, acompanhando a valorização do bem-estar dentro dos lares e estabelecimentos.

Por que o cimento queimado perdeu espaço em 2025?
A popularização do cimento queimado trouxe inúmeros projetos similares, o que acabou tornando o visual repetitivo e, em muitos casos, impessoal. Arquitetos e decoradores começaram a notar a necessidade de personalização e de maior presença da natureza dentro de casa. Empresas do setor também observaram que consumidores passaram a buscar ambientes que provocassem experiências sensoriais e que fossem únicos, deixando para trás a padronização.
- Repetição excessiva em projetos residenciais e comerciais;
- Busca por ambientes mais aconchegantes e diferenciados;
- Valorização das sensações e da conexão com o natural;
- Inspiração em tendências internacionais de decoração;
- Preocupação com o aquecimento global e materiais mais sustentáveis.

Quais são as novas texturas naturais em alta?
O espaço deixado pelo cimento queimado vem sendo ocupado por alternativas que exploram texturas naturais e acabamentos artesanais. O uso da madeira ganhou impulso, tanto em sua forma original como em versões recicladas e de reflorestamento. Além disso, opções como pedras naturais, bambu, fibras e até mesmo argila têm sido incorporadas em paredes e superfícies, sempre destacando suas características únicas.
- Pedra: superfícies rústicas ou polidas trazem variação de cor e textura, valorizando o aspecto orgânico dos ambientes;
- Madeira: pisos, painéis e móveis de madeira aparente transmitem conforto e naturalidade;
- Fibras naturais: juta, palha e sisal aparecem em revestimentos, tapetes e até em mobiliário;
- Argila e barro: usadas em revestimentos de parede, agregando um aspecto artesanal e contemporâneo;
- Bambu: alternativa renovável, versátil em divisórias, painéis e revestimentos.
Como aplicar as texturas naturais em projetos atuais?
O interesse pelas novas texturas permite uma gama diversificada de aplicações. Desta forma, ambientes ganham personalidade não apenas nas cores, mas nos detalhes e superfícies. Uma sugestão para utilizar essas tendências é mesclar diferentes materiais no mesmo espaço, criando contraste entre o rústico e o sofisticado.
Além de valorizar a estética, essas texturas também contribuem para a qualidade acústica e térmica dos ambientes. Outra estratégia recorrente é o aproveitamento de materiais regionais e o incentivo ao trabalho artesanal, conferindo identidade local ao projeto. Assim, residências e empresas ganham um toque único, mantendo a funcionalidade e a praticidade necessárias na rotina contemporânea.
Integração de Tecnologia nos Ambientes
Para acompanhar as tendências de 2025, a integração da tecnologia nos ambientes tem se tornado cada vez mais relevante. Sistemas de automação residencial, como controle de iluminação, climatização, cortinas e eletrodomésticos inteligentes, proporcionam mais praticidade e conforto ao dia a dia. Além disso, a iluminação inteligente e adaptável não só valoriza texturas naturais, mas também promove eficiência energética e personalização dos espaços. Soluções conectadas à internet das coisas (IoT) e o uso de inteligência artificial permitem experiências ainda mais personalizadas, antecipando necessidades dos moradores e otimizando o consumo de energia nos lares e estabelecimentos.
Quais são os benefícios de apostar em materiais naturais?
Além do caráter estético, apostar em materiais naturais traz vantagens importantes. Esses insumos geralmente têm menor impacto ambiental, sendo mais sustentáveis em sua produção e manutenção. Muitos ainda contribuem com a regulação da temperatura, tornando o ambiente agradável ao longo do ano.
- Maior sensação de conforto térmico e acústico;
- Redução do impacto ambiental;
- Valorização da mão de obra local e do design artesanal;
- Possibilidade de projetos exclusivos e personalizados;
- Resgate de elementos culturais e regionais.
À medida que 2025 avança, a valorização do natural nas soluções arquitetônicas reflete não apenas uma mudança de estética, mas uma resposta direta às exigências de uma sociedade cada vez mais atenta ao conforto, à sustentabilidade e ao bem-estar. As novas texturas naturais se firmam como alternativa de destaque, ampliando as possibilidades e o repertório de profissionais e apaixonados por design.