Uma recente mudança legislativa no Brasil promete alterar o cenário do setor de seguros, especialmente no que diz respeito às cooperativas de seguros. A nova lei, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2025, estabelece regras claras para o funcionamento dessas organizações, trazendo novas perspectivas para o mercado e para os consumidores que buscam proteção patrimonial.
Até então, as cooperativas de seguros atuavam restritamente, principalmente em segmentos como o agrícola. Com a publicação da lei no Diário Oficial da União, essas entidades ganham espaço para diversificar suas operações, especialmente no ramo automotivo, onde a demanda por proteção veicular é crescente. A expectativa é de que a legislação impulsione o desenvolvimento e a inovação nesse setor.
O que muda com a nova lei das cooperativas de seguros?
A regulamentação das cooperativas de seguros representa um avanço importante para o ambiente de negócios brasileiro. O texto legal determina que essas organizações devem operar em padrões definidos, incluindo a necessidade de manter provisões financeiras e cumprir obrigações tributárias. Essa formalização contribui para maior segurança jurídica, tanto para as cooperativas quanto para os consumidores.
Além disso, a lei amplia o escopo de atuação das cooperativas, permitindo que elas ofereçam serviços em áreas antes restritas. O segmento de proteção automotiva, por exemplo, deve ser um dos mais beneficiados, já que muitos motoristas buscam alternativas aos seguros tradicionais. Com a nova legislação, as cooperativas podem atender essa demanda de forma regularizada, promovendo concorrência e ampliando as opções disponíveis no mercado.
Como a lei impacta o mercado de seguros?

O impacto da regulamentação das cooperativas de seguros pode ser observado em diferentes frentes. Estimativas apontam para um crescimento de até 15% no mercado de seguros brasileiro, impulsionado pela entrada de novas organizações e pela ampliação dos serviços oferecidos. Esse movimento tende a beneficiar consumidores, que passam a contar com mais alternativas e, possivelmente, preços mais competitivos.
- Expansão de serviços: As cooperativas agora podem atuar em segmentos como proteção automotiva e patrimonial.
- Segurança jurídica: A legislação exige que as cooperativas sigam regras claras, protegendo os interesses dos associados.
- Fiscalização reforçada: A Superintendência de Seguros Privados (Susep) assume papel central na supervisão das atividades dessas entidades.
Outro ponto relevante é a formalização das associações de proteção patrimonial, que passam a ser enquadradas dentro dos padrões legais. Isso inclui a obrigação de manter reservas financeiras e recolher impostos, o que contribui para a estabilidade do setor e para a proteção dos consumidores.
Por que houve veto à criação de novos cargos na Susep?
Durante o processo de sanção da lei, o presidente Lula vetou a criação de 26 novos cargos comissionados na Susep, órgão responsável pela fiscalização do setor de seguros. A justificativa apresentada pelo governo foi baseada em questões constitucionais, já que a criação de cargos públicos deve partir exclusivamente do Poder Executivo, conforme determina a Constituição Federal.
Esse veto não impede a reestruturação interna da Susep, mas limita a ampliação do quadro de funcionários por meio de cargos comissionados. A decisão ressalta a importância de respeitar os limites legais na administração pública, mesmo diante de mudanças significativas no setor regulado.
Quais são as perspectivas para as cooperativas de seguros no Brasil?
Com a nova legislação em vigor, as cooperativas de seguros encontram um ambiente mais favorável para crescer e inovar. A possibilidade de atuar em novos segmentos e a garantia de regras claras estimulam a entrada de novas organizações no mercado. Esse cenário pode resultar em maior competitividade, beneficiando consumidores com uma oferta mais ampla de produtos e serviços.
- Maior diversidade de opções para quem busca proteção patrimonial.
- Estímulo à inovação, com o desenvolvimento de soluções adaptadas às necessidades dos associados.
- Fortalecimento do setor, com maior transparência e segurança jurídica.
À medida que o setor de seguros se adapta às novas diretrizes, espera-se que as cooperativas desempenhem um papel cada vez mais relevante, contribuindo para o crescimento do mercado e para a proteção dos interesses dos consumidores brasileiros.