Durante as festas juninas, duas bebidas tradicionais costumam dividir a preferência do público: o vinho quente e o quentão. Ambas são consumidas em diferentes regiões do Brasil e trazem consigo características marcantes, tanto no sabor quanto na composição. A escolha entre essas opções pode envolver fatores como teor alcoólico, quantidade de calorias e até mesmo possíveis benefícios nutricionais.
O vinho quente, geralmente preparado com vinho tinto, frutas e especiarias, apresenta um perfil diferente do quentão, que é feito à base de cachaça, gengibre e outros ingredientes aromáticos. Para quem busca entender melhor as diferenças entre essas bebidas típicas, vale analisar aspectos como o teor de álcool, o valor energético e os compostos presentes em cada receita.
Quais são as principais diferenças entre vinho quente e quentão?
O vinho quente é conhecido por ser uma bebida de teor alcoólico moderado, variando entre 12% e 14%, já que utiliza vinho tinto como base. Em contrapartida, o quentão, feito com cachaça, apresenta um teor alcoólico mais elevado, podendo chegar a 48%. Essa diferença impacta diretamente na intensidade da bebida e na quantidade de álcool consumida em cada porção.
Além do álcool, outro ponto de distinção está nas calorias. O vinho quente costuma conter menos açúcar em sua preparação, resultando em uma quantidade menor de carboidratos e calorias por dose. O quentão, por utilizar mais açúcar e uma bebida destilada, geralmente apresenta valores energéticos mais altos. Esses fatores podem ser relevantes para quem deseja controlar a ingestão calórica durante as comemorações.
Qual tem mais benefícios nutricionais?
Ao analisar o valor nutricional, o vinho quente se destaca por conter compostos bioativos presentes no vinho tinto, como polifenóis e resveratrol. Esses antioxidantes são reconhecidos por auxiliarem na proteção cardiovascular. Além disso, a adição de frutas como maçã, laranja e limão pode enriquecer a bebida com fibras, vitamina C e outros antioxidantes, desde que as frutas sejam consumidas junto à bebida.
O quentão, por sua vez, oferece sabores intensos graças ao gengibre, cravo e canela, ingredientes que também possuem propriedades antioxidantes e podem contribuir para o bem-estar. No entanto, o teor alcoólico mais elevado e a maior quantidade de açúcar fazem com que o quentão seja mais calórico e menos vantajoso do ponto de vista nutricional, quando comparado ao vinho quente.
Como preparar vinho quente e quentão em casa?
Preparar essas bebidas típicas é uma tradição em muitas famílias durante o inverno e festas juninas. Confira abaixo os ingredientes e passos básicos para cada receita:
- Vinho quente:
- Em uma panela, misture uma garrafa de vinho tinto seco, uma xícara de água, meia xícara de açúcar, uma maçã picada, um pau de canela, cravos-da-índia e casca de laranja ou limão.
- Leve ao fogo e deixe ferver por alguns minutos, sem deixar evaporar todo o álcool.
- Sirva quente, podendo adicionar uma dose de cachaça para um sabor mais forte, se desejar.
- Quentão:
- Derreta uma xícara de açúcar em uma panela até formar um caramelo claro.
- Adicione gengibre, cascas de frutas, cravo, canela e misture bem.
- Coloque água e deixe ferver para liberar os aromas.
- Por fim, acrescente a cachaça e aqueça por mais alguns minutos, evitando fervura intensa.
- Coe e sirva ainda quente.
Quais cuidados devem ser tomados ao consumir vinho quente ou quentão nas festas juninas?
Especialistas em nutrição recomendam atenção ao consumo de bebidas alcoólicas, independentemente da escolha entre vinho quente ou quentão. É importante se alimentar antes de ingerir álcool, preferencialmente com alimentos ricos em proteínas, e manter a hidratação ao longo do evento. Intercalar doses de bebida com água pode ajudar a reduzir os efeitos do álcool no organismo.
Segundo orientações internacionais, o consumo considerado de baixo risco para adultos é de até 160 ml de vinho ou 45 ml de destilado por dia para mulheres, e até 320 ml de vinho ou 90 ml de destilado para homens. Mesmo assim, não existe quantidade de álcool totalmente isenta de riscos, sendo fundamental o consumo consciente e moderado.
