O debate sobre a obrigatoriedade do extintor de incêndio em veículos de passeio volta a ganhar destaque no cenário brasileiro em 2025. Uma proposta recente, capitaneada pelo senador Eduardo Braga, sugere o retorno desse item como equipamento obrigatório nos automóveis particulares. O tema divide opiniões e mobiliza diferentes setores da sociedade, incluindo órgãos de trânsito, fabricantes de veículos e motoristas.
O projeto de lei em questão, identificado como PLC 159/2017, já foi aprovado por uma comissão do Senado e aguarda votação em plenário. A principal justificativa apresentada é que o extintor pode ser crucial para conter incêndios em seus estágios iniciais, proporcionando uma camada adicional de proteção para os ocupantes do veículo. Além disso, o custo do equipamento é considerado acessível em comparação ao valor de um carro.
Por que discutir a volta do extintor de incêndio nos carros?
A discussão sobre a necessidade do extintor de incêndio em carros de passeio se intensificou após avanços tecnológicos na indústria automotiva. Nos últimos anos, os veículos passaram a incorporar sistemas de segurança mais eficientes, materiais menos inflamáveis e processos de fabricação que reduzem o risco de incêndios. No entanto, defensores da obrigatoriedade argumentam que, mesmo com essas melhorias, situações de emergência ainda podem ocorrer, tornando o extintor um recurso importante para a segurança viária.

Quais são os principais argumentos a favor e contra a obrigatoriedade?
O tema envolve pontos de vista distintos. Entre os argumentos favoráveis à obrigatoriedade do extintor de incêndio em veículos de passeio, destacam-se:
- Resposta rápida: Permite agir imediatamente em incêndios de pequena proporção, antes da chegada dos bombeiros.
- Baixo custo: O valor do extintor é considerado pequeno diante do preço médio de um automóvel.
- Prevenção de danos maiores: Pode evitar a propagação do fogo e prejuízos mais graves.
Por outro lado, há quem questione a real necessidade da medida, baseando-se em argumentos como:
- Efetividade limitada: O extintor só é útil em incêndios iniciantes e, em casos mais graves, o combate depende de profissionais especializados.
- Avanços tecnológicos: Veículos modernos apresentam menor risco de incêndio devido a melhorias estruturais e uso de materiais mais seguros.
- Exemplo internacional: Países como Estados Unidos e vários europeus não exigem extintores em carros de passeio.
Extintor de incêndio em veículos: o que diz o projeto de lei?
O Projeto de Lei Complementar (PLC) 159/2017 busca alterar o Código de Trânsito Brasileiro para tornar novamente obrigatório o extintor de incêndio tipo ABC em automóveis de passeio. Atualmente, esse item de segurança é exigido apenas em veículos de transporte coletivo, escolar e de carga. A proposta reacende o debate sobre a importância de medidas preventivas em casos de emergência, com foco na segurança viária e na proteção dos ocupantes dos veículos.
- Torna obrigatório o extintor do tipo ABC em carros de passeio
- Altera o Código de Trânsito Brasileiro para incluir a exigência
- Define que o equipamento deve estar em conformidade com normas técnicas
- Amplia a exigência além dos veículos de transporte coletivo, escolar e de carga
- Permite o acompanhamento do projeto no site do Senado Federal
- Estimula o debate público sobre segurança no trânsito e prevenção de acidentes
A possível aprovação exigirá que motoristas de veículos particulares voltem a adquirir e manter o extintor dentro das especificações legais.
Como a decisão pode impactar a segurança no trânsito brasileiro?
A possível aprovação da obrigatoriedade do extintor de incêndio em veículos de passeio reacende discussões sobre o equilíbrio entre segurança e modernização automotiva. Enquanto parte dos especialistas defende que a medida pode salvar vidas em situações emergenciais, outros destacam que a baixa incidência de incêndios e os avanços tecnológicos tornam a exigência desnecessária. O resultado desse debate poderá influenciar futuras políticas públicas relacionadas à segurança no trânsito e à regulamentação de equipamentos obrigatórios nos automóveis do país.
Com a tramitação do projeto no Senado, o tema permanece em pauta e deve continuar gerando discussões entre autoridades, fabricantes e motoristas. A decisão final poderá representar uma mudança significativa nas regras de circulação e manutenção de veículos de passeio no Brasil, refletindo a busca constante por maior segurança nas estradas e ruas do país.