O Rio de Janeiro terá um novo feriado municipal em 2025 devido à realização da reunião de cúpula do BRICS, marcada para o dia 7 de julho. A medida foi oficializada pelo prefeito Eduardo Paes, que sancionou a Lei nº 8.881/25, estabelecendo o descanso para parte dos trabalhadores da capital fluminense. O evento internacional reunirá chefes de Estado dos países que compõem o bloco, trazendo impactos diretos na rotina da cidade.
O feriado, no entanto, não será universal. Diversos setores econômicos e serviços essenciais foram excluídos da medida, o que gera dúvidas sobre quem realmente terá direito ao descanso. Além disso, o município decretou ponto facultativo nas repartições públicas no dia 4 de julho, sexta-feira, ampliando os efeitos da reunião do BRICS sobre o funcionamento da cidade.
O que é o BRICS e qual sua importância?
O BRICS é um grupo formado por países emergentes que buscam fortalecer a cooperação em áreas como economia, política e desenvolvimento social. Desde sua criação, o bloco tem atuado para ampliar a representatividade dos países do Sul Global em fóruns internacionais, além de propor reformas em instituições como a ONU, o FMI e o Banco Mundial.
Ao contrário de blocos econômicos tradicionais, como o Mercosul, o BRICS funciona como um espaço de articulação política e diplomática. Entre seus objetivos, estão o estímulo ao desenvolvimento sustentável, a promoção da inclusão social e o fortalecimento da voz dos países membros em decisões globais.
Quem tem direito ao feriado do BRICS no Rio de Janeiro?
A definição do feriado municipal para o dia 7 de julho de 2025 não abrange todos os trabalhadores da cidade. Segundo a legislação sancionada, setores considerados essenciais ou estratégicos para o funcionamento da cidade e para o turismo foram excluídos do descanso obrigatório. Entre os segmentos que não terão direito ao feriado estão:
- Comércio de rua
- Bares e restaurantes
- Hotéis, hospedarias e pousadas
- Centros comerciais, galerias e shoppings
- Estabelecimentos culturais (teatros, cinemas, bibliotecas)
- Pontos turísticos
- Empresas jornalísticas e de radiodifusão
- Indústrias em determinadas áreas de planejamento
- Padarias
- Trabalho remoto
- Serviços essenciais
Com isso, grande parte dos serviços ligados ao turismo, lazer e alimentação continuará funcionando normalmente, visando atender a demanda de visitantes e participantes do evento internacional.
Por que a reunião do BRICS gera feriado municipal?
A realização da cúpula do BRICS no Rio de Janeiro traz consigo uma série de impactos logísticos e de segurança. O encontro, que ocorrerá no Museu de Arte Moderna (MAM), deve reunir autoridades de diversos países, além de delegações e imprensa internacional. Para garantir a mobilidade e a segurança durante o evento, a prefeitura optou por decretar o feriado, reduzindo a circulação de pessoas e veículos em áreas estratégicas da cidade.
Essa não é a primeira vez que grandes eventos internacionais motivam a criação de feriados municipais no Rio de Janeiro. Situações semelhantes já ocorreram durante a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, quando a cidade precisou adaptar sua rotina para receber visitantes e garantir a realização dos eventos com tranquilidade.
Como o feriado do BRICS afeta a rotina dos cariocas?
A instituição do feriado no dia 7 de julho impacta diretamente o funcionamento de escolas, órgãos públicos e parte do setor privado. Para quem trabalha em áreas excluídas da medida, a rotina segue normalmente, sem direito ao descanso. Já os servidores municipais terão ponto facultativo no dia 4 de julho, o que pode alterar o atendimento em repartições e serviços públicos.
Empresas e trabalhadores devem ficar atentos às regras específicas para cada setor, já que o descumprimento da legislação pode gerar dúvidas e questionamentos. Além disso, o evento internacional deve movimentar a economia local, especialmente nos setores de turismo, hotelaria e alimentação, que permanecem em funcionamento durante o feriado.
O que esperar da reunião do BRICS no Rio de Janeiro?
O encontro de cúpula do BRICS em 2025 marca a primeira vez que a cidade do Rio de Janeiro sedia o evento, que já ocorreu anteriormente em Brasília e Fortaleza. A expectativa é de que a reunião reforce o papel do Brasil no cenário internacional e promova debates sobre temas como desenvolvimento sustentável, cooperação econômica e reforma das instituições globais.
Além dos impactos diplomáticos, a realização do evento deve atrair visitantes, movimentar o setor de serviços e gerar visibilidade para a cidade. O feriado municipal, por sua vez, busca facilitar a logística e garantir a segurança durante os dias de reunião, minimizando transtornos para a população local.