O sistema de bandeiras tarifárias foi introduzido no Brasil em 2015 como uma forma de refletir os custos variáveis da geração de energia elétrica. Este mecanismo tem como objetivo informar os consumidores sobre as condições de geração de energia e os custos associados, permitindo uma melhor gestão do consumo de eletricidade. As bandeiras tarifárias são divididas em três cores: verde, amarela e vermelha, cada uma indicando um nível diferente de custo de geração.
As bandeiras tarifárias são uma ferramenta essencial para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) comunicar aos consumidores as condições do sistema elétrico nacional. Quando a geração de energia é favorável, a bandeira verde é acionada, indicando que não há custos adicionais na conta de luz. No entanto, quando as condições se tornam menos favoráveis, as bandeiras amarela e vermelha entram em vigor, sinalizando aumentos nos custos de geração.

Entenda o funcionamento das bandeiras tarifárias de energia
O sistema de bandeiras tarifárias é uma forma de sinalizar aos consumidores o custo real da geração de energia elétrica. As bandeiras são definidas mensalmente pela Aneel, com base em projeções do Operador Nacional do Sistema (ONS) sobre a disponibilidade de água nos reservatórios das hidrelétricas e a necessidade de acionamento de usinas termoelétricas.
As bandeiras tarifárias são classificadas em três níveis:
- Bandeira Verde: Indica condições favoráveis de geração, sem custo adicional na conta de luz.
- Bandeira Amarela: Sinaliza um aumento moderado nos custos de geração, com um acréscimo de R$ 1,885 para cada 100 kWh consumidos.
- Bandeira Vermelha: Dividida em dois patamares, indica condições críticas de geração. O patamar 1 adiciona R$ 6,50 para cada 100 kWh, enquanto o patamar 2 adiciona R$ 7,877 para cada 100 kWh.
O que leva ao acionamento da bandeira vermelha?
A bandeira vermelha é acionada quando há uma redução significativa na geração de energia hidrelétrica, geralmente devido a baixos níveis de água nos reservatórios. Nessas situações, é necessário acionar usinas termoelétricas, que possuem um custo de geração mais elevado. Este aumento nos custos é repassado aos consumidores através da bandeira vermelha.
Em períodos de seca ou quando o fluxo hídrico está abaixo da média, a dependência de fontes de energia mais caras se torna inevitável. Isso ocorre porque as hidrelétricas, que são a principal fonte de energia do Brasil, não conseguem operar em sua capacidade máxima.
Como as bandeiras tarifárias afetam sua conta de energia?
O impacto das bandeiras tarifárias na conta de luz pode ser significativo, especialmente para consumidores que utilizam grandes quantidades de energia. Em um cenário de bandeira vermelha, o custo adicional pode representar um aumento de até 13% na fatura mensal.
Por exemplo, para uma residência que consome 300 kWh por mês, a mudança de bandeira verde para vermelha patamar 1 pode resultar em um acréscimo de R$ 11,91 na conta de luz. Se a bandeira vermelha patamar 2 for acionada, o aumento pode chegar a R$ 28,48.
Como economizar na conta de luz?
Para mitigar o impacto das bandeiras tarifárias, os consumidores podem adotar medidas de eficiência energética. Algumas dicas incluem:
- Desligar aparelhos eletrônicos quando não estiverem em uso.
- Utilizar lâmpadas de LED, que são mais eficientes e duráveis.
- Optar por eletrodomésticos com selo Procel de eficiência energética.
- Evitar o uso de aparelhos de alto consumo durante os horários de pico.
Adotar práticas de consumo consciente não só ajuda a reduzir a conta de luz, mas também contribui para a sustentabilidade do sistema elétrico nacional.