A promulgação da Lei 15.077/24 trouxe mudanças relevantes para o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e para a política de reajuste do salário mínimo no Brasil. Sancionada em 2024, essa legislação integra o conjunto de medidas do governo federal para adequar os gastos públicos ao novo cenário fiscal. Entre as principais alterações, destacam-se a obrigatoriedade do cadastro biométrico para beneficiários do BPC e novos critérios para o reajuste do piso salarial nacional.
O BPC é um benefício assistencial voltado a idosos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade social. Com as novas regras, o governo busca aprimorar a identificação dos beneficiários e garantir que os recursos sejam destinados a quem realmente necessita. Além disso, a atualização da política de reajuste do salário mínimo visa alinhar o crescimento desse valor ao controle das contas públicas, sem perder de vista a proteção social.
Quais são as principais mudanças no BPC com a Lei 15.077/24?
A Lei 15.077/24 trouxe mudanças significativas no Benefício de Prestação Continuada (BPC), buscando tornar o processo mais seguro e eficiente. A principal novidade é a obrigatoriedade do cadastro biométrico a cada dois anos, medida que visa combater fraudes e garantir que o benefício seja destinado corretamente. Além disso, foram mantidos direitos importantes, como o acesso ao BPC para pessoas com deficiência leve, e ampliadas possibilidades para famílias, promovendo maior inclusão social.
- Obrigatoriedade do cadastro biométrico a cada dois anos
- Redução do risco de fraudes e maior segurança na identificação dos beneficiários
- Manutenção do direito ao BPC para pessoas com deficiência leve, após veto presidencial
- Possibilidade de até duas pessoas da mesma família receberem o benefício, se atenderem aos critérios
- Previsão de isenção do cadastro biométrico em casos excepcionais, como problemas de saúde ou dificuldade de acesso
Essas mudanças reforçam a importância da atualização cadastral e garantem maior proteção e acesso aos direitos dos beneficiários.
Como funciona o novo reajuste do salário mínimo?

O reajuste do salário mínimo passa a seguir critérios mais restritivos a partir de 2025. De acordo com a Lei 15.077/24, o aumento anual do piso salarial será limitado a até 2,5% acima da inflação, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Essa regra valerá até 2030 e tem como finalidade equilibrar o crescimento do salário mínimo com a sustentabilidade fiscal do país.
A partir de 1º de janeiro de 2025, o salário mínimo será de R$ 1.518. O governo federal espera, com essa medida, controlar a expansão dos gastos públicos, ao mesmo tempo em que preserva o poder de compra dos trabalhadores. O novo modelo de reajuste busca evitar aumentos desproporcionais em relação à inflação, contribuindo para a estabilidade econômica.
Quais são os impactos dessas mudanças para os beneficiários e para a economia?
As alterações promovidas pela Lei 15.077/24 têm efeitos diretos tanto para os beneficiários do BPC quanto para o conjunto da economia brasileira. O cadastro biométrico periódico reforça a segurança no acesso ao benefício, dificultando tentativas de fraude e garantindo maior transparência na concessão. Já as novas regras de elegibilidade visam assegurar que o suporte chegue às famílias que realmente se enquadram nos critérios estabelecidos.
- Redução de fraudes: A biometria aumenta a precisão na identificação dos beneficiários.
- Maior controle fiscal: O reajuste limitado do salário mínimo contribui para o equilíbrio das contas públicas.
- Proteção social: Assegura que pessoas em situação de vulnerabilidade continuem amparadas.
- Flexibilidade em casos especiais: Permite isenção do cadastro biométrico em situações justificadas.
O novo cenário estabelecido pela Lei 15.077/24 representa um esforço para conciliar responsabilidade fiscal e manutenção das políticas de assistência social. O acompanhamento das próximas etapas de implementação será fundamental para avaliar os resultados práticos dessas mudanças e o impacto sobre a população atendida.