A clonagem de placas de veículos continua a ser um problema significativo no Brasil, mesmo após a introdução das placas Mercosul em 2020. Essa medida visava aumentar o número de combinações possíveis de placas, passando de 175 milhões para 450 milhões, na tentativa de dificultar a clonagem. No entanto, os casos ainda são frequentes, como demonstrado pelos dados do Detran-SP, que registrou 189 casos de clonagem em 2022.
O impacto da clonagem de placas é sentido por muitos proprietários de veículos, que se deparam com multas e notificações de infrações em locais onde nunca estiveram. Esse tipo de fraude não só causa transtornos financeiros, mas também gera uma sensação de insegurança e impotência entre os motoristas.
Como saber se clonaram a placa do meu carro?

Identificar uma placa clonada pode ser desafiador, mas existem alguns sinais de alerta. O principal indício é o recebimento de notificações de infrações em locais onde o veículo não esteve. Além disso, é importante verificar se as características do veículo na notificação correspondem ao veículo original, como marca, modelo e cor.
Para confirmar se um veículo foi clonado, os proprietários podem utilizar o site do Detran do seu estado ou o aplicativo Sinesp Cidadão. Esses recursos permitem consultar informações sobre o veículo e verificar se há alertas de roubo ou furto associados à placa.
O que fazer se quando clonam a placa do carro?
Se a clonagem for confirmada, o primeiro passo é registrar um boletim de ocorrência na polícia civil. O crime de clonagem de placas está previsto no artigo 311 do Código Penal Brasileiro, e os infratores podem ser condenados a penas de reclusão de três a seis anos, além de multas.
Após registrar a ocorrência, o proprietário deve solicitar a inclusão do indicativo de clonagem no sistema de registro do Detran. Isso pode ser feito presencialmente ou online, dependendo das orientações do Detran local. Além disso, é necessário recorrer às multas junto ao órgão que registrou a infração, apresentando o boletim de ocorrência e outros documentos que comprovem a clonagem.
Como evitar que a placa seja clonada?
Embora não haja uma solução infalível para prevenir a clonagem de placas, algumas medidas podem reduzir o risco. Entre elas estão:
- Manter o veículo em locais seguros e monitorados;
- Evitar compartilhar informações pessoais e do veículo em redes sociais;
- Realizar vistorias regulares.
Além disso, estar atento a qualquer notificação de infração e agir rapidamente ao suspeitar de clonagem pode minimizar os danos e facilitar a resolução do problema. A colaboração entre os órgãos de trânsito e a utilização de tecnologias avançadas, como o cerco inteligente, também são fundamentais para combater essa prática criminosa.
Quando as clonagens vão parar de acontecer?
O futuro da segurança das placas de veículos depende de inovações tecnológicas e de políticas públicas eficazes. A implementação de sistemas de monitoramento mais avançados e a integração de dados entre diferentes órgãos de trânsito podem ajudar a identificar e prevenir fraudes de forma mais eficiente.
Além disso, a conscientização dos motoristas sobre os riscos e as medidas de proteção é essencial para reduzir a incidência de clonagem de placas. Com esforços conjuntos entre governo, órgãos de trânsito e sociedade, é possível avançar na proteção dos direitos dos proprietários de veículos e na segurança viária.