Rosangela Moro propõe atendimento psicológico no SUS para pessoas com sofrimento mental decorrente do vínculo com bebês reborn. Mas o que são “bebês reborn”? Os bebês reborn são bonecas hiper-realistas que se assemelham a recém-nascidos, tanto em aparência quanto em peso e textura. Criados inicialmente como objetos de coleção, esses bonecos ganharam popularidade entre adultos que desenvolvem vínculos emocionais com eles. Este fenômeno tem gerado debates sobre os impactos psicológicos associados a esses laços afetivos.
Embora para muitos o vínculo com bebês reborn seja uma forma de hobby ou passatempo, para outros, ele pode se transformar em uma relação emocional complexa. Isso levanta questões sobre a saúde mental dos indivíduos que desenvolvem um apego profundo a esses objetos, o que motivou a proposta de um projeto de lei para oferecer suporte psicológico a essas pessoas.
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O que o projeto de lei aborda?
A deputada federal Rosangela Moro propôs um projeto de lei que visa incluir o atendimento psicológico para pessoas que sofrem emocionalmente devido ao vínculo com bebês reborn no Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta busca garantir que essas pessoas recebam acolhimento humanizado e escuta qualificada, evitando qualquer forma de tratamento estigmatizante.
O projeto também destaca a importância de orientar familiares e cuidadores sobre os sinais de alerta relacionados ao uso compulsivo e à dependência afetiva em relação aos bebês reborn. A ideia é oferecer um suporte abrangente que inclua tanto os indivíduos diretamente afetados quanto seu círculo social.

O SUS vai pagar o tratamento?
O Sistema Único de Saúde (SUS) é a principal rede de saúde pública no Brasil, oferecendo uma gama de serviços médicos e psicológicos à população. Com a inclusão do atendimento psicológico para os “pais” de bebês reborn, o SUS pode desempenhar um papel crucial no apoio a essas pessoas, promovendo a saúde mental e o bem-estar emocional.
O projeto de lei propõe que o SUS ofereça acompanhamento clínico e terapêutico, ajudando os indivíduos a lidar com seus vínculos afetivos disfuncionais. Além disso, o SUS poderia colaborar com instituições públicas e privadas para realizar estudos e pesquisas sobre o fenômeno, contribuindo para a formulação de políticas públicas eficazes.
No que a aprovação do projeto impactaria para o SUS ?
Se aprovado, o projeto de lei abriria caminho para a implementação de novas diretrizes no atendimento psicológico oferecido pelo SUS. Isso incluiria a capacitação de profissionais de saúde para lidar com casos relacionados a bebês reborn e a promoção de campanhas de conscientização sobre o tema.
Além disso, a colaboração com instituições de pesquisa poderia fornecer dados valiosos sobre o impacto psicológico dos bebês reborn, ajudando a entender melhor esse fenômeno e a desenvolver estratégias de intervenção mais eficazes.