Em 2024, o Congresso Nacional do Brasil sancionou uma legislação que consolidou o CPF como o único número de identificação necessário para os cidadãos brasileiros. Este documento, já amplamente utilizado, tornou-se essencial para uma variedade de finalidades, incluindo o acesso a crédito, participação em concursos públicos e solicitação de benefícios governamentais. Com essa centralização, o CPF também se tornou um alvo frequente de fraudes, exigindo que os cidadãos tomem medidas adicionais para proteger suas informações pessoais.
O aumento das fraudes envolvendo o CPF é uma preocupação crescente. Criminosos têm se concentrado em obter esse número para realizar atividades ilícitas, como abrir empresas fraudulentas ou contratar empréstimos em nome de terceiros. A proteção do CPF, portanto, tornou-se uma prioridade para muitos brasileiros, que devem estar atentos a diversas práticas para evitar o uso indevido de seus dados.
Como proteger o seu CPF da forma certa?
Proteger o CPF é essencial para evitar fraudes e complicações legais. A Receita Federal oferece uma ferramenta gratuita para impedir o uso indevido do CPF na abertura de empresas. Para ativar essa proteção, é necessário acessar o Portal Nacional da Redesim, fazer login com a conta Gov.br e selecionar a opção de impedir participação. Este bloqueio pode ser revertido a qualquer momento pelo próprio usuário.
Além disso, é crucial evitar emprestar o CPF a terceiros, pois isso pode resultar em fraudes ou em seu nome sendo envolvido em dívidas. Monitorar regularmente o CPF em plataformas como Serasa e SPC também é uma prática recomendada para detectar movimentações suspeitas rapidamente.
Quais os métodos mais usados por criminosos para roubar este documento?
Os criminosos utilizam diversas táticas para obter o CPF de forma ilegal. Vazamentos de dados são uma das principais fontes, onde informações pessoais são expostas devido a falhas na segurança digital de empresas ou instituições. Phishing é outra técnica comum, onde golpistas enviam mensagens ou ligações que imitam comunicações de instituições confiáveis para capturar dados pessoais.
Outra prática é o “dumpster diving”, que envolve a coleta de documentos descartados sem segurança, como contas de consumo ou extratos bancários, que contêm informações pessoais. Para evitar isso, é importante destruir completamente documentos antes de descartá-los.

Os golpes mais frequentes usando CPF e como se prevenir?
Fraudes com cartão de crédito duplicado são comuns, onde criminosos acessam ilegalmente os dados do cartão e do CPF da vítima para realizar compras. A criação de contas bancárias fraudulentas também é frequente, onde o CPF é usado para abrir contas sem o conhecimento da vítima, gerando movimentações ilícitas.
Outros golpes incluem falsidade ideológica, onde criminosos assumem identidades falsas para obter crédito, e fraudes fiscais, onde esse documento é usado para burlar o sistema tributário. O acesso irregular a benefícios públicos também é uma preocupação, com fraudadores utilizando o CPF para obter auxílios governamentais sem direito legal.
O que fazer se eu for vítima de fraude?
Se uma pessoa identificar que seu CPF está sendo utilizado de forma irregular, é fundamental agir rapidamente. O primeiro passo é registrar um boletim de ocorrência, que pode ser feito online ou em uma delegacia. Em seguida, deve-se solicitar o bloqueio do CPF junto à Receita Federal e informar a fraude aos órgãos de proteção ao crédito e aos bancos envolvidos.
É importante contestar quaisquer transações não reconhecidas e solicitar o bloqueio de contas e cartões criados sem permissão. Caso encontre dificuldades, é recomendável buscar ajuda no Procon ou utilizar a plataforma consumidor.gov.br para resolver a situação.