Em 2025, entrou em vigor a Lei 15.077/24, que trouxe mudanças significativas no acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). Sancionada pelo presidente Lula, a nova legislação impõe condições adicionais para o recebimento do benefício, mas também preserva direitos importantes. Um dos principais pontos de destaque é o veto presidencial ao trecho que excluía pessoas com deficiência leve do direito ao benefício, uma decisão fundamentada no interesse público e na prevenção de inseguranças jurídicas.
O BPC é um programa que assegura um salário mínimo mensal a idosos e pessoas com deficiência cuja renda per capita familiar não ultrapasse 1/4 do salário mínimo. Contudo, o benefício não inclui o pagamento de 13º salário nem gera pensão por morte. As novas regras introduzidas pela lei visam ajustar o processo de concessão e manutenção do benefício, garantindo maior controle e atualização dos dados dos beneficiários.
Quais são as novas exigências para o recebimento do BPC?
Com a nova legislação, o recebimento do BPC está condicionado à apresentação de um documento com cadastro biométrico. Essa medida visa aumentar a segurança e a precisão na identificação dos beneficiários. Além disso, a atualização cadastral deve ser realizada a cada dois anos, no máximo, para assegurar que as informações dos beneficiários estejam sempre atualizadas e corretas.
Outro aspecto importante é a exclusão da renda do cônjuge que não reside no mesmo imóvel do cálculo da renda familiar. Além disso, o benefício recebido por um membro da família não será considerado no cálculo da renda familiar, independentemente do parentesco ou da relação entre os membros. Essas mudanças visam tornar o cálculo mais justo e refletir melhor a realidade econômica das famílias beneficiadas.
Quais os impactos das mudanças na vida dos beneficiários?

As alterações na lei do BPC têm impactos diretos na vida dos beneficiários, especialmente no que diz respeito à manutenção do benefício. A exigência de cadastro biométrico e atualização cadastral periódica pode representar um desafio logístico para alguns, mas também traz maior segurança ao processo. A preservação do direito de pessoas com deficiência leve é uma vitória importante, garantindo que mais indivíduos possam acessar o benefício sem discriminação.
Além disso, as mudanças no cálculo da renda familiar podem beneficiar aqueles que antes eram excluídos devido à inclusão de rendas que não refletiam a realidade financeira da família. Com a exclusão da renda do cônjuge ausente e do benefício de outros membros, espera-se que mais pessoas possam se qualificar para o BPC.
Como a nova lei afeta o reajuste do salário mínimo?
A nova legislação estabelece um reajuste do salário mínimo de 2,5% acima da inflação entre 2025 e 2030, o que resultará em um piso salarial de R$ 1.518, representando um acréscimo de R$ 106 sobre o valor atual de R$ 1.412. Esse aumento terá efeitos importantes, principalmente sobre o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que é calculado com base no salário mínimo.
Principais pontos sobre o reajuste e seus impactos:
- O salário mínimo será reajustado para R$ 1.518, com previsão de oficialização via decreto presidencial.
- O aumento é de R$ 106 em relação ao valor atual, promovendo um ajuste superior à inflação.
- O valor do BPC também será impactado, já que é vinculado diretamente ao salário mínimo vigente.
- A medida busca garantir uma correção que acompanhe a inflação e o crescimento econômico do país.
O que esperar do futuro do BPC?
Com as novas regras em vigor, o futuro do BPC parece direcionado a um sistema mais controlado e justo, que busca atender melhor as necessidades dos beneficiários. A inclusão de medidas de segurança, como o cadastro biométrico, e a atualização periódica dos dados são passos importantes para garantir a integridade do programa.
Espera-se que essas mudanças promovam uma distribuição mais equitativa dos recursos, beneficiando aqueles que realmente necessitam do auxílio. O governo continuará monitorando a eficácia das novas regras e poderá implementar ajustes conforme necessário para garantir que o BPC cumpra seu objetivo de apoiar financeiramente os mais vulneráveis.