A plataforma de streaming Max, parte da Warner Bros. Discovery, anunciou uma nova política que introduz uma taxa mensal de US$ 7,99 para usuários que acessam a conta fora da residência principal do assinante. Essa iniciativa, chamada de “Extra Member Add-On”, segue uma tendência que começou com a Netflix em 2023, que também implementou cobranças para o compartilhamento de senhas.
O objetivo dessa nova política é oferecer mais flexibilidade aos assinantes, permitindo que adicionem um membro extra à conta. Esse membro terá a capacidade de acessar a plataforma com suas próprias credenciais e em um único dispositivo por vez, sem a necessidade de usar o login principal. A medida busca garantir que o conteúdo seja acessado de forma justa e controlada.
Como funciona o “Extra Member Add-On”?
O “Extra Member Add-On” foi criado para facilitar o compartilhamento de contas de maneira mais organizada. Os assinantes que optarem por essa funcionalidade poderão transferir perfis, permitindo que o novo usuário mantenha seu histórico de visualização, recomendações e configurações pessoais. Isso garante uma transição suave e personalizada para os novos membros.
Atualmente, essa mudança está disponível apenas nos Estados Unidos e se aplica exclusivamente aos assinantes diretos da Max. Aqueles que acessam o serviço por meio de pacotes combinados com outras plataformas ainda não serão afetados. A empresa não anunciou planos imediatos para expandir essa política para outros países, como o Brasil.
Por que as plataformas de streaming estão adotando cobranças adicionais?
O aumento das cobranças adicionais em plataformas de streaming reflete uma mudança estratégica no setor, com foco em monetizar o compartilhamento de contas. A prática, que se tornou comum entre os usuários, passou a ser vista pelas empresas como uma oportunidade para aumentar a receita e controlar melhor o acesso ao conteúdo. A Netflix foi pioneira nessa abordagem em 2023 e, apesar da resistência inicial do público, os resultados financeiros positivos motivaram outras plataformas a seguir o mesmo caminho.
Motivos para a adoção de cobranças adicionais nas plataformas de streaming:
- Monetização do compartilhamento de contas, antes feito de forma gratuita entre usuários de diferentes residências.
- Aumento da receita, como demonstrado pelo crescimento de assinantes da Netflix após a medida.
- Controle de acesso ao conteúdo, dificultando o uso não autorizado e incentivando a adesão de novos perfis pagos.
- Padronização da estratégia entre plataformas, com empresas como Disney e Max adotando políticas semelhantes.
Essas ações mostram que o setor está em busca de sustentabilidade financeira, mesmo que isso represente mudanças na forma como os usuários se relacionam com os serviços.
Quais são os impactos no mercado de streaming?
O mercado de streaming está em constante evolução, e a introdução de taxas para membros extras é uma resposta às mudanças nos hábitos de consumo dos usuários. Ao cobrar pelo compartilhamento de contas, as plataformas buscam aumentar a receita e garantir que o acesso ao conteúdo seja justo para todos os assinantes.
Embora essa estratégia possa inicialmente causar resistência entre os usuários, os resultados obtidos pela Netflix indicam que há potencial para crescimento. As empresas de streaming estão cada vez mais focadas em oferecer conteúdo de qualidade e experiências personalizadas, o que pode justificar o aumento nos custos para os consumidores.
Qual é o futuro do compartilhamento de senhas?
À medida que mais plataformas adotam políticas semelhantes, o compartilhamento de senhas se tornará uma prática mais regulamentada. As empresas de streaming estão investindo em tecnologias e recursos que permitem um controle mais rigoroso sobre o acesso às contas, garantindo que o conteúdo seja consumido de forma responsável.
O sucesso dessas medidas dependerá da capacidade das plataformas de equilibrar a necessidade de aumentar a receita com a oferta de um serviço atraente e acessível para os consumidores. Com o tempo, é provável que o mercado de streaming continue a se adaptar, buscando novas formas de atender às demandas dos usuários enquanto mantém a sustentabilidade financeira.
