O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está prestes a se reunir com a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, em um encontro que pode definir o futuro da pasta. A conversa, marcada para esta sexta-feira no Palácio do Planalto, ocorre em meio a rumores de mudanças no comando do ministério. A saída de Cida Gonçalves já é considerada certa nos bastidores do governo, devido a declarações que geraram desconforto sobre sua relação com a primeira-dama, Janja da Silva.
Desde fevereiro, Cida Gonçalves tem estado sob os holofotes por suas declarações à Comissão de Ética da Presidência da República. Em um depoimento, ela admitiu interromper sua agenda para atender a primeira-dama, além de ignorar chamadas de dois ministros. Esse comportamento levantou questões sobre sua conduta, embora o processo por suspeita de assédio moral tenha sido arquivado.
Por que ele quer trocar a ministra?
O incômodo gerado pelas declarações de Cida Gonçalves não é o único fator que pode levar à sua substituição. Internamente, há relatos de que a ministra teria sugerido apoio financeiro a uma servidora para que esta se candidatasse nas eleições de 2026, em troca de silêncio sobre uma denúncia de racismo. Essa situação, embora não tenha resultado em ações legais, contribuiu para a percepção de que uma mudança no comando seria benéfica para o ministério.
Além disso, a proximidade de Cida com a primeira-dama Janja da Silva tem sido vista com cautela por outros membros do governo. Essa relação próxima pode ter gerado a impressão de que a ministra não mantém a neutralidade necessária para o cargo, influenciando a decisão de sua possível substituição.
Quem vai entrar no lugar da ministra?
Com a saída de Cida Gonçalves considerada iminente, o nome de Márcia Lopes surge como a principal candidata para assumir o Ministério das Mulheres. Márcia, que já foi ministra do Desenvolvimento Social, traz consigo uma experiência significativa na administração pública. Além disso, sua ligação familiar com Gilberto Carvalho, ex-ministro, pode fortalecer sua candidatura ao cargo.
A escolha de Márcia Lopes pode representar uma tentativa de reequilibrar as forças dentro do governo, trazendo uma figura com histórico de gestão e que possa navegar com mais facilidade nas complexas relações políticas que envolvem o ministério.

O que vai mudar no ministério?
Independente de quem assuma o comando, o Ministério das Mulheres enfrenta desafios significativos. A promoção da igualdade de gênero e o combate à violência contra a mulher continuam sendo prioridades. O novo comando precisará lidar com essas questões de forma eficaz, garantindo que as políticas públicas avancem e que as demandas das mulheres brasileiras sejam atendidas.
O cenário político atual exige que o Ministério das Mulheres seja um agente ativo na promoção de mudanças sociais. A escolha do novo líder pode definir o rumo das políticas de gênero no Brasil, impactando diretamente a vida de milhões de mulheres.