Em novembro de 2024, um imóvel de luxo foi penhorado para garantir o pagamento de uma dívida trabalhista de R$ 264 mil. O devedor é um ex-funcionário da TV Mar, parte do grupo de mídia associado a Fernando Collor. Avaliado em R$ 9 milhões seis meses antes, o apartamento está localizado no Edifício Residencial Chateau Larousse, no bairro Jatiúca, uma área nobre de Maceió.
O apartamento, situado no sexto andar, oferece uma série de comodidades. O condomínio dispõe de cinco vagas de garagem para veículos de porte médio. O imóvel, por sua vez, possui dois pavimentos, com diversas áreas de convivência e lazer, incluindo suítes, salas de estar e uma piscina.
Essa é a cobertura duplex que servirá de prisão domiciliar ao ex-presidente Fernando Collor de Mello. Ele deixou a prisão nesta quinta-feira (1º) após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Como é o apartamento de Collor?
No primeiro pavimento, o apartamento conta com uma varanda, sala de estar, gabinete, galeria, sala de jantar, lavabo, adega, e áreas de circulação. Além disso, há um espaço de estar íntimo, três suítes (uma delas máster), rouparia, despensa, copa/cozinha, área de serviço, depósito e um quarto de empregada com banheiro.
O pavimento superior é acessado por uma escada e inclui mais uma suíte, outro ambiente de estar íntimo, piscina, dois terraços (um coberto e outro descoberto), jardineiras, bar e dois banheiros. Este conjunto de características destaca o luxo e a exclusividade do imóvel.
O que acontece se o acordo trabalhista não for cumprido?
O apartamento permanecerá penhorado até fevereiro de 2028, período em que todas as parcelas do acordo trabalhista devem ser quitadas. Caso haja descumprimento do acordo, o imóvel poderá ser levado a leilão para saldar a dívida. Esta medida visa assegurar que o credor receba o valor devido, utilizando o imóvel como garantia.
Collor não deveria estar numa prisão normal?
Fernando Collor, ex-presidente do Brasil, foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção e outros crimes investigados na Operação Lava Jato. Inicialmente detido em uma cela especial em Alagoas, ele teve seu regime de prisão alterado para domiciliar devido a problemas de saúde comprovados por mais de 130 exames.
Collor, que tem 75 anos, sofre de Parkinson desde 2019, além de outras comorbidades. Sob prisão domiciliar, ele deve usar tornozeleira eletrônica, está proibido de deixar o país e teve seus passaportes suspensos. As visitas estão restritas a advogados, garantindo que o cumprimento da pena ocorra sob condições específicas.