Na última quinta-feira, 1º de maio de 2025, a ex-deputada estadual Célia Leão, atualmente secretária de Desenvolvimento Social e Habitação de Valinhos, enfrentou uma situação inusitada ao tentar embarcar em um voo da Gol. Célia, que é cadeirante há 50 anos, foi impedida de embarcar no voo G3 7665, que partia do Aeroporto Internacional de Guarulhos com destino a Buenos Aires, devido ao uso de uma almofada ortopédica.
A almofada é um item essencial para Célia, pois a ajuda a evitar dores ao sentar, devido à falta de musculatura na região das nádegas. Apesar de tentar explicar a situação ao comandante do avião, ela relatou que não foi ouvida. O incidente resultou no atraso do voo e no desembarque de todos os passageiros.
Qual foi o problema com a almofada ortopédica?
A Gol justificou a decisão de impedir o embarque de Célia Leão alegando que a almofada ortopédica não estava autorizada para uso a bordo, segundo os protocolos da ANAC. A companhia aérea destacou que o item poderia representar um risco à segurança da passageira. Além disso, mencionou a ausência de um formulário MEDIF, necessário para passageiros com necessidades especiais.
Em nota, a Gol lamentou os transtornos causados e afirmou que, após nova avaliação e envio do MEDIF, o embarque de Célia foi autorizado para o dia seguinte, com todas as condições de segurança garantidas.
O que a lei garante às pessoas com deficiência em voos?
O caso de Célia Leão levanta questões importantes sobre os direitos das pessoas com deficiência em viagens aéreas. Segundo a legislação brasileira, passageiros com necessidades especiais têm direito a assistência adequada e a condições de segurança durante o voo. Isso inclui a possibilidade de utilizar equipamentos de apoio, desde que não comprometam a segurança do voo.
As companhias aéreas devem seguir protocolos rigorosos para garantir a segurança de todos os passageiros, mas também precisam estar preparadas para atender às necessidades individuais de pessoas com deficiência. A exigência do formulário MEDIF é uma medida comum para garantir que todas as condições médicas sejam atendidas adequadamente.
O que podemos fazer para que situações como essa não se repitam?
Para evitar situações como a enfrentada por Célia Leão, é fundamental que as companhias aéreas e os passageiros estejam bem informados sobre os procedimentos necessários para o embarque de pessoas com deficiência. A comunicação clara e antecipada entre a companhia aérea e o passageiro pode ajudar a evitar mal-entendidos e garantir que todas as necessidades sejam atendidas.