Nas últimas semanas, a Agência Espanhola de Medicamentos e Produtos de Saúde (Aemps) emitiu alertas que resultaram na retirada de lotes de três medicamentos populares. Estes medicamentos são utilizados para tratar diversas condições, desde hipertensão até depressão e inflamação ocular. Em todos os casos, foram detectados defeitos de qualidade que, embora não representassem risco grave à vida dos consumidores, exigiam uma ação rápida para evitar problemas maiores de saúde pública.
O medicamento mais recentemente afetado foi o Bisoprolol Pensa 2,5 mg em comprimidos EFG, um betabloqueador utilizado para tratar cardiopatias. Este medicamento é indicado para hipertensão arterial, angina de peito estável crônica e insuficiência cardíaca. O lote afetado, identificado como 30798L1, apresentava uma impureza que ultrapassava os limites permitidos, o que levou à sua retirada urgente do mercado.

Quais medicamentos foram retirados e por quê?
Além do Bisoprolol, outro medicamento retirado foi a Duloxetina Pensa 30 mg em cápsulas duras gastrorresistentes EFG. Este medicamento é usado para tratar depressão, transtorno de ansiedade generalizada e dor em pacientes com diabetes. O lote 240803 também apresentou uma impureza acima do limite permitido, resultando em sua classificação como risco de classe 2 e posterior retirada.
O terceiro medicamento afetado foi o colírio Diclofenaco Abamed 1 mg/ml, em caixas de 30 embalagens unidose. Este alerta foi considerado de classe 1, o mais grave dos três, devido a uma falha na esterilidade do produto que poderia ter causado infecções oculares. A esterilidade é crucial em produtos aplicados diretamente nos olhos, pois uma infecção poderia levar à perda de visão.
Como foi gerenciada a retirada desses medicamentos?
A retirada desses medicamentos foi gerida pela Aemps em colaboração com as comunidades autônomas. No caso do Bisoprolol, fabricado na Irlanda e comercializado pela Towa Pharmaceutical S.A. na Espanha, as autoridades garantiram sua correta retirada do mercado. De forma semelhante, a Duloxetina, fabricada pela Towa Pharmaceutical Europe S.L., foi retirada sob a supervisão das comunidades autônomas.
Em relação ao colírio Diclofenaco, fabricado na Tunísia pela Unimed Laboratories e comercializado na Espanha pela Qualix Pharma S.L., a Aemps ordenou a retirada total das unidades afetadas. As comunidades autônomas supervisionaram a devolução desses produtos ao laboratório para evitar qualquer risco potencial à saúde pública.
O que os consumidores devem fazer com esses medicamentos?
A Aemps instou os consumidores que possuem unidades desses medicamentos a não utilizá-los e a devolvê-los à farmácia para sua correta retirada do mercado. Esta medida preventiva é crucial para garantir a segurança dos pacientes e evitar qualquer incidente relacionado a esses produtos.
A rápida ação da Aemps e das comunidades autônomas foi fundamental para prevenir problemas de saúde pública. Até o momento, não foram relatados incidentes envolvendo pacientes relacionados a esses medicamentos, destacando a eficácia das medidas preventivas adotadas.