A recente decisão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de punir jogadores que sobem na bola para provocar adversários gerou uma onda de discussões no mundo do futebol. A medida, considerada por muitos como uma tentativa de coibir atitudes antidesportivas, tem sido alvo de críticas de jogadores e comentaristas. A regra prevê cartão amarelo e tiro livre indireto para quem realizar essa ação, classificando-a como uma “atitude antidesportiva”.
Essa decisão veio à tona após um incidente envolvendo Memphis Depay, do Corinthians, que subiu na bola durante uma partida contra o Palmeiras. O episódio resultou em uma confusão em campo, levando a uma paralisação do jogo. A CBF argumenta que tais ações prejudicam a imagem do esporte e podem causar confrontos entre os jogadores.
Qual a importância da nova regra?
A CBF justifica a nova regra como uma forma de manter a integridade do jogo e evitar situações que possam levar a confrontos em campo. Segundo o ofício enviado pela Comissão de Arbitragem, o ato de subir na bola tem o único objetivo de provocar o adversário, diferentemente de jogadas como dribles ou chapéus, que visam progredir no jogo. Além disso, há preocupações com a segurança dos jogadores, já que essas ações podem resultar em lesões.
Apesar de a regra já poder ser interpretada como atitude antidesportiva, a sua aplicação tem sido inconsistente. O caso de Soteldo, do Santos, que subiu na bola para provocar jogadores do Vasco em 2023, é um exemplo de como a falta de punição pode gerar descontentamento e desordem em campo.

Qual a opinião dos jogadores?
A reação à nova regra foi mista. Neymar, um dos jogadores mais influentes do Brasil, expressou sua insatisfação nas redes sociais, chamando a medida de “chata”. Outros, como o ex-jogador Denilson, também criticaram a decisão, argumentando que ela tira a espontaneidade e a emoção do futebol. Para muitos, o futebol é um esporte que deve permitir a expressão individual e a criatividade dos jogadores.
No entanto, há quem defenda a regra, afirmando que ela é necessária para manter a ordem e o respeito em campo. A CBF acredita que a medida ajudará a evitar confrontos desnecessários e a preservar a imagem do futebol brasileiro, tanto nacional quanto internacionalmente.
O Futuro da regra: será que vai pegar?
Assim como a antiga regra dos seis segundos para a reposição de bola pelo goleiro, a eficácia da nova regra ainda é incerta. A aplicação consistente por parte dos árbitros será crucial para determinar se a regra será aceita e respeitada pelos jogadores. A CBF precisará trabalhar em conjunto com as federações estaduais para garantir que a regra seja aplicada de forma justa e uniforme.