O Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM) é uma condição que afeta muitas mulheres, mas que ainda é pouco discutida. Recentemente, a ex-atriz da Globo, Fernanda Machado, trouxe à tona essa questão ao compartilhar sua experiência pessoal com o transtorno. Essa revelação destacou a importância de se falar mais sobre o TDPM, que é frequentemente confundido com a Tensão Pré-Menstrual (TPM) comum, mas que apresenta sintomas muito mais intensos e incapacitantes.
Fernanda Machado usou suas redes sociais para contar como o diagnóstico de TDPM mudou sua vida. Ela explicou que, apesar de ter recebido o diagnóstico há mais de um ano, levou tempo para se sentir confortável em compartilhar sua história publicamente. Durante esse período, ela se dedicou a estudar mais sobre o transtorno e a escrever um livro sobre maternidade e as transformações hormonais que as mulheres enfrentam.
O que é o Transtorno Disfórico Pré-Menstrual?
O TDPM é uma forma grave de síndrome pré-menstrual que causa sintomas emocionais e físicos intensos. Mulheres que sofrem de TDPM podem experimentar alterações de humor severas, ansiedade, irritabilidade extrema e até depressão nos dias que antecedem a menstruação. Esses sintomas podem ser tão intensos que interferem significativamente na vida diária, afetando o trabalho, os estudos e as relações pessoais.
Embora o TDPM compartilhe alguns sintomas com a TPM, a principal diferença está na intensidade e no impacto dos sintomas. Enquanto a TPM pode causar desconforto, o TDPM pode ser debilitante, exigindo intervenção médica e, em alguns casos, tratamento contínuo.
Como o TDPM é diagnosticado e tratado?
O diagnóstico de TDPM é feito por meio de uma avaliação clínica detalhada, que inclui o histórico médico da paciente e a observação dos sintomas ao longo de pelo menos dois ciclos menstruais. É importante que o diagnóstico seja preciso, pois o tratamento pode variar de acordo com a gravidade dos sintomas.
O tratamento do TDPM pode incluir mudanças no estilo de vida, como dieta e exercícios, além de terapias medicamentosas. Antidepressivos, anticoncepcionais hormonais e suplementos nutricionais são algumas das opções que podem ser consideradas. O acompanhamento psicológico também pode ser benéfico para ajudar as mulheres a lidarem com os desafios emocionais associados ao transtorno.
Por que é importante falar sobre TDPM?
Trazer visibilidade ao TDPM é crucial para aumentar a conscientização sobre a condição e incentivar mais mulheres a buscarem ajuda. Muitas vezes, o TDPM é subdiagnosticado ou tratado como uma forma severa de TPM, o que pode atrasar o tratamento adequado. A experiência de Fernanda Machado ilustra como o conhecimento e a educação sobre o TDPM podem fazer a diferença na vida das mulheres afetadas.
Além disso, discutir abertamente sobre o TDPM pode ajudar a desestigmatizar o transtorno e promover um ambiente de apoio e compreensão. Mulheres que sofrem de TDPM precisam saber que não estão sozinhas e que existem recursos e tratamentos disponíveis para ajudá-las a viver de forma mais plena e saudável.