O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu afastar o desembargador Marcelo Lima Buhatem, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), por um período de 60 dias. A decisão foi tomada após a divulgação de mensagens de teor político-partidário nas redes sociais, o que gerou preocupações sobre a imparcialidade e a integridade do sistema judicial.
As mensagens, publicadas em março de 2023 no LinkedIn, levantaram dúvidas sobre a credibilidade do sistema judicial e eleitoral do Brasil. Segundo o CNJ, essas postagens contribuíram para aumentar a desconfiança pública em relação à justiça, à segurança e à transparência das eleições no país.
O caso foi analisado pelo conselheiro Alexandre Teixeira, que identificou infrações disciplinares nas ações do desembargador. Inicialmente, Teixeira propôs uma pena de disponibilidade por 90 dias. No entanto, a maioria do plenário do CNJ optou por seguir o voto do conselheiro Caputo Bastos, resultando no afastamento de 60 dias.

Impacto das redes sociais no sistema judicial
O episódio envolvendo o desembargador Marcelo Lima Buhatem destaca a crescente influência das redes sociais no ambiente jurídico. Mensagens e postagens podem rapidamente ganhar visibilidade e impactar a percepção pública sobre a imparcialidade dos magistrados. Esse caso ressalta a importância de os profissionais do judiciário manterem uma postura neutra e responsável em suas interações online.
Como o CNJ atua em casos de infrações disciplinares?
O Conselho Nacional de Justiça tem a responsabilidade de supervisionar a conduta dos magistrados e garantir que suas ações estejam em conformidade com os princípios éticos e legais. Em casos de infrações disciplinares, o CNJ pode aplicar medidas que variam de advertências a afastamentos temporários, como ocorreu no caso do desembargador Buhatem.
O afastamento de Marcelo Lima Buhatem pelo CNJ serve como um lembrete da importância da ética e da responsabilidade no exercício da função pública, especialmente em tempos de intensa atividade nas redes sociais. A decisão visa preservar a confiança pública no sistema judicial e assegurar que os magistrados atuem de forma imparcial e independente.