Anistia. Créditos: depositphotos.com / marphotography
Opiniões dos brasileiros sobre a anistia aos envolvidos nos ataques de janeiro de 2022
Uma pesquisa recente realizada pela Quaest, encomendada pela Genial Investimentos, revelou que a maioria dos brasileiros se opõe à anistia para os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2022. De acordo com o levantamento, 56% dos entrevistados acreditam que os envolvidos devem permanecer presos, enquanto 34% defendem sua soltura. O restante, 10%, não soube ou preferiu não responder.
O estudo, que entrevistou 2.004 pessoas entre 27 e 31 de março de 2025, apresenta um nível de confiabilidade de 95% e uma margem de erro de 2 pontos percentuais. A pesquisa buscou entender as diferentes percepções dos eleitores de Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva, além daqueles que não votaram ou anularam seus votos.
Como os eleitores de Bolsonaro e Lula enxergam a anistia?
Os resultados da pesquisa indicam uma clara divisão entre os eleitores dos dois principais candidatos das eleições de 2022. Entre os que votaram em Lula, 77% acreditam que os envolvidos nos ataques devem continuar presos e cumprir suas penas. Já entre os eleitores de Bolsonaro, apenas 32% compartilham dessa opinião, enquanto 61% defendem a anistia.
Para aqueles que não votaram ou votaram em branco/nulo, 53% são contra a anistia, enquanto 31% são a favor. Esses dados mostram como a questão é polarizada, refletindo as divisões políticas existentes no país.

Qual é a percepção sobre o envolvimento de Bolsonaro nos ataques?
A pesquisa também abordou a percepção dos brasileiros sobre o possível envolvimento de Jair Bolsonaro no planejamento dos ataques. Desde dezembro de 2024, não houve variação significativa nos índices: 49% dos entrevistados acreditam que o ex-presidente esteve envolvido, enquanto 35% discordam dessa afirmação.
Entre os eleitores de Lula, 80% apoiam a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao caso, enquanto apenas 16% dos eleitores de Bolsonaro compartilham dessa opinião. Os que anularam o voto ou votaram em branco estão divididos, com 51% considerando a decisão do STF justa.
Como a divisão política reflete nas opiniões sobre a prisão de Bolsonaro?
O diretor da Quaest, Felipe Nunes, destacou a divisão evidente entre os eleitores. Segundo ele, 56% dos lulistas apoiam a prisão de Bolsonaro, enquanto 55% dos bolsonaristas são contrários. Entre aqueles que não se posicionaram politicamente, há um empate, com 42% a favor e 42% contra a prisão.
Esses dados refletem a complexidade do cenário político brasileiro, onde as opiniões sobre questões sensíveis, como a anistia e o envolvimento de figuras políticas em eventos críticos, são fortemente influenciadas pelas afiliações partidárias dos eleitores.
Conclusão natural sobre a pesquisa
A pesquisa da Quaest oferece um panorama detalhado das opiniões dos brasileiros sobre a anistia aos envolvidos nos ataques de janeiro de 2022 e o papel de Jair Bolsonaro nesse contexto. As divisões políticas são claras e refletem a polarização que caracteriza o cenário político atual do Brasil. A análise desses dados é essencial para compreender as dinâmicas sociais e políticas que moldam o país em 2025.