A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recentemente tomou uma decisão significativa ao proibir a venda, distribuição e fabricação de suplementos alimentares que contenham ora-pro-nóbis em sua composição. Esta medida foi oficializada por meio de uma resolução publicada no Diário Oficial da União, destacando a importância de regulamentar o uso de ingredientes em suplementos alimentares.
O ora-pro-nóbis, cientificamente conhecido como Pereskia aculeata, é uma planta que ganhou popularidade por suas supostas propriedades benéficas à saúde. No entanto, a Anvisa enfatiza que, para que um ingrediente seja autorizado em suplementos, é necessário passar por rigorosas avaliações de segurança e eficácia. Estas avaliações devem comprovar cientificamente que o produto é uma fonte relevante de nutrientes ou substâncias para o corpo humano.
Ora-Pro-Nóbis Proibido: O Que Levou a Anvisa a Essa Medida?
A decisão da Anvisa baseia-se na necessidade de garantir que todos os suplementos alimentares no mercado brasileiro atendam a padrões de segurança e eficácia. A agência destacou que a comercialização e propaganda de suplementos com ora-pro-nóbis estavam em desacordo com os regulamentos técnicos específicos. Sem a devida comprovação científica, o uso da planta em suplementos não é considerado seguro ou eficaz.
Além disso, a Anvisa esclarece que suplementos alimentares não devem ser confundidos com medicamentos. Eles não podem alegar efeitos terapêuticos, como tratamento, prevenção ou cura de doenças. A função dos suplementos é complementar a alimentação de pessoas saudáveis, fornecendo nutrientes, substâncias bioativas, enzimas ou probióticos.

O que muda para o consumidor?
Para os consumidores, a proibição significa que suplementos contendo ora-pro-nóbis não estarão mais disponíveis no mercado, pelo menos até que a segurança e eficácia da planta sejam comprovadas. No entanto, a medida não afeta o consumo ou a comercialização da planta in natura, que pode continuar a ser utilizada em sua forma natural.
É importante que os consumidores estejam cientes das diferenças entre suplementos e medicamentos, e que busquem informações seguras e confiáveis sobre os produtos que consomem. A Anvisa reforça que qualquer alegação de saúde deve ser respaldada por evidências científicas sólidas.
Perspectivas para o mercado de suplementos alimentares no Brasil
A decisão da Anvisa sobre o ora-pro-nóbis reflete um movimento mais amplo em direção à regulamentação rigorosa dos suplementos alimentares no Brasil. A agência continua a monitorar o mercado para garantir que todos os produtos atendam aos padrões de segurança e eficácia. Empresas interessadas em comercializar novos ingredientes devem estar preparadas para apresentar evidências científicas robustas.