O governo brasileiro, em um novo ofício enviado ao relator do orçamento, senador Ângelo Coronel (PSD-BA), propôs uma ampliação significativa dos recursos destinados ao programa Minha Casa, Minha Vida para o ano de 2025. A previsão atual é de R$ 18,13 bilhões para o programa neste ano. Este aumento é parte de um esforço contínuo para fortalecer o setor habitacional no país.
Inicialmente, o Ministério do Planejamento havia sugerido um montante de R$ 629,9 milhões para financiamentos na Faixa 1 do programa. No entanto, a nova proposta inclui um acréscimo de R$ 3,76 bilhões para a Faixa 3, além de manter um reforço de R$ 14,37 bilhões em operações de crédito para moradia. Estes valores serão provenientes do remanejamento do Fundo Social do pré-sal, alimentado pelos royalties do petróleo.
Qual é o impacto das mudanças no Minha Casa, Minha Vida?

As alterações propostas no orçamento visam não apenas expandir o alcance do Minha Casa, Minha Vida, mas também criar uma nova faixa de beneficiários. A ideia é introduzir uma Faixa 4, que atenderia famílias com renda mensal de até R$ 12 mil, ampliando o programa que atualmente beneficia aqueles com renda de até R$ 8 mil. Essa expansão é vista como uma estratégia para aumentar o acesso à moradia digna para uma parcela maior da população.
Além do programa habitacional, outras áreas do orçamento também passaram por ajustes. Na educação, o corte inicial de R$ 3 bilhões para escolas em tempo integral foi reduzido para R$ 1,27 bilhão, minimizando o impacto negativo na expansão desse modelo educacional. Na saúde, a redistribuição dos cortes no Piso de Atenção Primária entre os estados foi realizada para otimizar a alocação de recursos.
Como o orçamento de 2025 está sendo ajustado?
O governo tem enviado diversos pedidos de alteração no orçamento, o que resultou em atrasos na votação da peça orçamentária. A votação do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2025 está prevista para ocorrer nesta semana, com a leitura do relatório e abertura do prazo para destaque programados para o dia 20 de outubro, e a votação final no dia 21.
Essas mudanças frequentes no orçamento têm exigido que os técnicos da Consultoria de Orçamento revisem constantemente o texto do relatório final. Segundo o presidente da Comissão Mista de Orçamento, deputado Júlio Arcoverde (PP-PI), a quantidade de ofícios enviados pelo Ministério do Planejamento tem sido um desafio para o cronograma de votação.
Quais são as expectativas para o futuro do Minha Casa, Minha Vida?
Com a ampliação dos recursos e a criação de uma nova faixa de beneficiários, o Minha Casa, Minha Vida tem o potencial de se tornar ainda mais inclusivo e abrangente. A expectativa é que essas mudanças ajudem a reduzir o déficit habitacional no Brasil, proporcionando moradia de qualidade para um número maior de famílias.
O sucesso do programa dependerá, em grande parte, da implementação eficaz das políticas propostas e da capacidade do governo de gerir os recursos de forma eficiente. A continuidade do apoio financeiro e a adaptação às necessidades emergentes do setor habitacional serão cruciais para o avanço do Minha Casa, Minha Vida nos próximos anos.