Em 2025, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) passou por mudanças significativas com a promulgação da Lei 15.077/24. Esta legislação, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, faz parte de um pacote de medidas para contenção de gastos do governo federal. O BPC é um auxílio financeiro destinado a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, garantindo um salário mínimo mensal a esses grupos.
Entre as novidades, destaca-se a implementação do cadastro biométrico obrigatório, que deverá ser atualizado a cada dois anos. Essa medida visa aumentar a segurança e a precisão na identificação dos beneficiários, evitando fraudes e garantindo que o auxílio chegue a quem realmente necessita.
Quais são as principais mudanças no BPC?

As alterações no BPC incluem várias modificações importantes. Primeiramente, foi vetada a exclusão de pessoas com deficiência leve da lista de elegíveis, mantendo assim a abrangência do benefício. Além disso, houve mudanças na forma de cálculo da renda familiar, excluindo o benefício de cônjuges que não residem na mesma casa.
Outra mudança significativa é a permissão para que duas pessoas da mesma família possam receber o BPC, desde que ambas sejam elegíveis. Isso representa um avanço na inclusão de famílias que enfrentam múltiplas dificuldades financeiras. Em casos excepcionais, como dificuldades de acesso ou problemas de saúde, a exigência do cadastro biométrico pode ser dispensada.
Como o reajuste do salário mínimo afeta o BPC?
A nova legislação também estabelece diretrizes para o reajuste do salário mínimo, que impacta diretamente o valor do BPC. De 2025 a 2030, o reajuste será limitado a até 2,5% acima da inflação. Essa medida visa alinhar o crescimento do piso salarial ao novo arcabouço fiscal do governo, buscando um equilíbrio entre o aumento do poder de compra e a sustentabilidade das contas públicas.
A partir de 1º de janeiro de 2025, o salário mínimo foi fixado em R$ 1.518. Esse valor serve como base para o cálculo do BPC, garantindo que os beneficiários recebam um auxílio que acompanhe, ainda que de forma limitada, a evolução dos preços e o custo de vida.
O que esperar para o futuro do BPC?
As mudanças no BPC refletem um esforço do governo em otimizar os recursos destinados à assistência social, ao mesmo tempo em que busca garantir a eficácia e a justiça na distribuição dos benefícios. A implementação do cadastro biométrico e as novas regras de elegibilidade são passos importantes nesse sentido.
Para os próximos anos, espera-se que o governo continue monitorando e ajustando as políticas de assistência social, buscando sempre o equilíbrio entre a necessidade de contenção de gastos e a proteção dos mais vulneráveis. O acompanhamento das mudanças e o engajamento da sociedade civil serão fundamentais para garantir que o BPC continue cumprindo seu papel social de forma eficaz.