A demência é uma doença neurodegenerativa que afeta um número crescente de pessoas ao redor do mundo. Recentes descobertas no campo da nutrição indicam que uma simples adição à dieta diária pode oferecer proteção contra essa condição: o morango. Um estudo inovador publicado na revista científica Nutrients sugere que o consumo diário de morango pode diminuir o risco de demência, melhorando a memória e reduzindo sintomas depressivos.
A pesquisa, liderada por Robert Krikorian, da Faculdade de Medicina da Universidade de Cincinnati, concentra-se em um grupo de antioxidantes chamados antocianinas, presentes em abundância em frutas vermelhas. Estes compostos já são conhecidos por seus benefícios metabólicos e cardiovasculares, porém suas contribuições para a saúde cognitiva passaram a receber mais atenção recentemente.
Como esta fruta contribui para a saúde cognitiva?
O estudo consistiu na administração diária de um suplemento em pó de morango a um grupo de participantes por um período de 12 semanas. Durante essa fase, foi solicitado que evitassem consumir frutas vermelhas frescas, para garantir que os resultados fossem devidos exclusivamente ao suplemento. Aqueles que consumiram o suplemento relataram melhorias significativas em suas capacidades de memória e uma redução nos sintomas de depressão.
Embora o efeito dos morangos sobre as medidas metabólicas não tenham sido substancial neste estudo específico, os resultados destacaram o potencial dos morangos na área da saúde cognitiva. Estudos anteriores já apontaram que morangos podem ajudar a reduzir os níveis de insulina, mas o foco desta pesquisa foi em seu impacto no cérebro e nos processos inflamatórios relacionados à demência.
![Morango - Créditos: depositphotos.com / benedixs](https://terrabrasilnoticias.com/wp-content/uploads/2024/11/morango_1730528933546-1024x576.jpg)
Quais os mecanismos do morango na redução do risco de demência?
A inflamação no cérebro é um dos fatores que contribuem para o declínio cognitivo, especialmente em indivíduos com excesso de gordura abdominal, resistência à insulina e obesidade. O consumo de morangos parece ajudar a moderar essa inflamação, o que pode explicar a redução dos riscos de desenvolvimento de demência. Krikorian sugere que a capacidade dos morangos de diminuir a inflamação cerebral pode atrasar ou impedir o declínio das funções executivas que normalmente ocorre no início da meia-idade.
- Antocianinas fornecem efeitos anti-inflamatórios.
- Ajuda na regulação dos níveis de insulina.
- Promove a saúde vascular e metabólica.
O que mais pode ser feito para prevenir a demência?
Embora o consumo de morangos se mostre promissor, é importante lembrar que a prevenção da demência é multidimensional. Alimentação equilibrada, exercícios físicos regulares e estímulo mental são fatores cruciais. Incorporar morangos à dieta pode ser uma estratégia simples e eficaz, mas deve ser parte de uma abordagem abrangente de estilo de vida saudável.
Por meio dessas práticas, indivíduos de meia-idade podem não apenas prevenir, mas também melhorar sua saúde mental e a qualidade de vida à medida que envelhecem.