Invasão à delegacia. Foto: Divulgação/ASCOM/PCERJ.
Na noite de 15 de fevereiro, um incidente grave ocorreu na 60ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro, localizada em Campos Elíseos, Duque de Caxias. O fato envolveu uma ação ousada de criminosos que resultou em dois policiais civis feridos. Essa ação teve como motivação o resgate de um líder do Comando Vermelho, identificado como Rodolfo Manhães Viana, também conhecido pelo apelido de “Rato”.
A invasão à delegacia ocorreu após a detenção de Rodolfo Manhães Viana na manhã do mesmo dia. A prisão incluía também um de seus seguranças, Wesley de Souza Espírito Santo. Rodolfo era uma figura influente dentro do tráfico de drogas, operando na comunidade Vai Quem Quer em Duque de Caxias.
Como ocorreu a invasão?
A tentativa de resgate ocorreu de forma súbita e violenta. Criminosos fortemente armados adentraram a delegacia, disparando contra os policiais em serviço. Esta ação foi meticulosamente planejada para resgatar o líder do Comando Vermelho, especialmente devido à sua posição de influência e poder dentro da organização criminosa.
Durante a tentativa, dois policiais civis foram baleados. Um deles sofreu um ferimento por arma de fogo em uma das pernas e precisou passar por cirurgia emergencial. O segundo oficial foi atingido no pé e também sofreu um ferimento na cabeça, embora sem risco de morte. As vítimas foram prontamente levadas ao hospital para tratamento.
Os bomeiros foram acionados às 23h59 para socorrer dois policiais que teriam sido feridos. Contudo, ambos foram levados ao hospital por meios próprios, antes da equipe chegar.
— Carlos Carone (@carloscarone78) February 16, 2025
No momento do ataque, o líder já havia sido transferido de localização, disse nota. pic.twitter.com/O34K3bmHbC
O papel do Comando Vermelho em Duque de Caxias
O Comando Vermelho (CV) é uma das facções criminosas mais conhecidas e temidas no Brasil, com forte presença no estado do Rio de Janeiro. Em Duque de Caxias, a atuação do CV é marcada pelo controle de áreas estratégicas para o tráfico de drogas. Rodolfo Manhães Viana, como líder local, desempenhava um papel crucial na gestão das operações e na manutenção do poder da facção na região.
A força e a ousadia com que o CV atua em suas tentativas de resgate de membros importantes refletem sua organização e a influência que exerce em determinadas comunidades. Esse evento na delegacia destacou o nível de organização e os recursos disponíveis para tais operações criminosas.
Quais foram as consequências imediatas da invasão?
A resposta imediata ao ataque à delegacia envolveu a mobilização de forças de segurança e a transferência de Rodolfo Manhães Viana para um local seguro antes do incidente, conforme informou a Polícia Civil do Rio de Janeiro. A operação para garantir a segurança dos oficiais de justiça e impedir a fuga dos detidos foi prontamente intensificada.
O Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro foi acionado pouco após a meia-noite para atender os feridos, embora os policiais já tivessem sido encaminhados ao Hospital Adão Pereira Nunes antes da sua chegada. O incidente chamou a atenção para a necessidade de medidas adicionais de segurança nas instalações policiais em áreas vulneráveis.
Ao menos dois policiais ficaram feridos. Traficantes atacaram a 60°DP em retaliação à prisão de Rodolfo Manhães Viana, conhecido como Rato e apontado como chefe de grupo criminoso na favela Vai Quem Quer, em Duque de Caxias, na noite deste sábado (15), segundo a Polícia Civil. pic.twitter.com/dVpeycv83s
— Carlos Carone (@carloscarone78) February 16, 2025
O ataque à delegacia evidenciou lacunas na segurança que precisam ser abordadas para evitar futuros incidentes semelhantes. Após o incidente, a segurança em delegacias e outras instalações similares foi reforçada para prevenir mais ataques e garantir a integridade dos policiais e da população local.
A resposta rápida e eficaz das autoridades foi crucial para minimizar o impacto imediato do ataque. As medidas implementadas após o incidente são um passo importante na tentativa de estabilizar a situação e proteger tanto os membros das forças de segurança quanto a comunidade contra ações criminosas dessa natureza.
