As altas temperaturas que o Brasil enfrenta em 2025 têm suscitado preocupações significativas em relação à saúde pública. Com termômetros marcando até 44ºC e sensação térmica de até 50ºC, as ondas de calor representam riscos para o bem-estar físico. Nessas condições, o corpo humano luta para manter sua temperatura interna ideal, o que pode resultar em uma série de problemas de saúde, como desidratação, exaustão, convulsões e até perda de consciência.
A mecânica do corpo humano em responder ao calor intenso envolve mecanismos como a transpiração e a vasodilatação. No entanto, quando o ambiente supera a temperatura corporal normal, esses mecanismos podem falhar, promovendo riscos aumentados à saúde. Complicações sérias, como distúrbios do sono e acidentes vasculares cerebrais, também são possíveis durante esses episódios de calor.
Quais são os grupos mais vulneráveis ao calor?
Durante períodos de calor extremo, certos grupos são mais vulneráveis e precisam de cuidados especiais. Pessoas com hipertensão, por exemplo, enfrentam uma sobrecarga em seus sistemas, pois o calor pode elevar ainda mais a pressão arterial e levar a complicações cardiovasculares. Infartos e acidentes vasculares cerebrais são preocupações comuns em tais condições, como observa o Dr. Alexsandro Fagundes, presidente da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC).
Crianças e idosos também precisam de atenção especial. As crianças apresentam uma menor capacidade de regulagem térmica e são mais suscetíveis à desidratação e ao golpe de calor. Já os idosos, devido às alterações naturais de envelhecimento, têm uma capacidade reduzida de lidar com o calor, além de muitas vezes dependerem de medicamentos que afetam a retenção de líquidos no corpo.
Como prevenir os efeitos do calor extremo?
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A prevenção é essencial para lidar com os impactos do calor intenso. Manter-se hidratado é fundamental para evitar desidratação e complicações mais sérias. Recomenda-se consumir líquidos regularmente, mesmo quando não se está com sede. Para aqueles com condições médicas preexistentes, monitorar a saúde de perto e ajustar as medicações sob supervisão médica pode ser necessário.
- Hidratação: Beba água com frequência, mesmo sem sentir sede.
- Sombra e ventilação: Evite exposição direta ao sol e procure ambientes frescos e bem ventilados.
- Roupas adequadas: Use roupas leves e claras, que permitem a circulação de ar.
- Cuidado com exercícios: Evite exercícios físicos intensos durante o pico de calor.
Por que o calor intenso pode ser perigoso mesmo em locais fechados?
Muitos acreditam que os ambientes internos são automaticamente seguros durante as ondas de calor. No entanto, a ausência de ventilação adequada e a incapacidade de resfriar o ambiente podem transformar um espaço aparentemente seguro em um risco. A acumulação de calor em cômodos mal ventilados leva ao aumento das temperaturas internas, potencialmente agravando as condições de saúde daqueles que permanecem nesses espaços por longos períodos. É crucial garantir que os locais fechados estejam equipados com ventilação ou ar-condicionado adequados para mitigar os riscos.