O câncer de ovário é uma das doenças ginecológicas mais silenciosas e perigosas, muitas vezes sendo diagnosticado em estágios avançados. Conhecer os tratamentos disponíveis pode fazer toda a diferença para um diagnóstico precoce e eficaz.
Quais são os principais tratamentos para o câncer de ovário?
O tratamento do câncer de ovário varia conforme o estágio da doença, o tipo de tumor e a saúde geral da paciente. As principais opções incluem:
1. Cirurgia: O primeiro passo para a cura
A cirurgia é o tratamento inicial mais comum e pode envolver:
- Ooforectomia: remoção de um ou ambos os ovários;
- Salpingo-ooforectomia: retirada dos ovários e das trompas de falópio;
- Histerectomia: remoção do útero;
- Cirurgia citorredutora: remoção do máximo possível do tumor para facilitar outros tratamentos.
2. Quimioterapia: Eliminando células cancerígenas
A quimioterapia é frequentemente utilizada após a cirurgia para eliminar células cancerosas remanescentes. Os medicamentos mais comuns incluem:
- Carboplatina e Paclitaxel: dupla poderosa no combate ao câncer;
- Quimioterapia intraperitoneal: administração direta na cavidade abdominal para maior eficácia.
3. Terapia-alvo: Atacando as células doentes com precisão
Esse tratamento inovador age diretamente nas células cancerosas sem afetar as saudáveis. As principais terapias incluem:
- Inibidores de PARP: bloqueiam a reparação do DNA das células tumorais, levando-as à morte;
- Bevacizumabe: reduz o suprimento de sangue para o tumor, limitando seu crescimento.
4. Imunoterapia: O sistema imunológico como aliado
Ainda em fase de estudos para o câncer de ovário, a imunoterapia busca estimular o sistema imunológico a reconhecer e atacar as células cancerosas.
5. Radioterapia: Uma opção menos utilizada
Embora menos comum para câncer de ovário, a radioterapia pode ser empregada em casos específicos para reduzir tumores ou tratar recidivas.
Quais são os efeitos colaterais dos tratamentos?
Cada tratamento pode trazer efeitos colaterais que variam de paciente para paciente. Os mais comuns incluem:
- Náusea e vômitos (quimioterapia);
- Queda de cabelo (quimioterapia);
- Fadiga intensa (radioterapia e quimioterapia);
- Baixa imunidade e maior risco de infecções;
- Ondas de calor e sintomas da menopausa precoce (após cirurgias hormonais).
Dicas para lidar com os efeitos colaterais
Para minimizar o impacto dos efeitos adversos, algumas estratégias podem ajudar:
- Manter uma alimentação equilibrada e rica em proteínas para fortalecer o organismo;
- Praticar atividades físicas leves, como caminhadas, para melhorar a disposição;
- Beber bastante água para manter o corpo hidratado;
- Buscar apoio psicológico, pois o impacto emocional da doença também precisa ser tratado.
O câncer de ovário exige um tratamento personalizado e multidisciplinar. A escolha do melhor protocolo depende de diversos fatores, mas com os avanços da medicina, as chances de sucesso são cada vez maiores. Se houver suspeitas ou histórico familiar da doença, a realização de exames regulares é fundamental para um diagnóstico precoce e um tratamento mais eficaz.