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No início de 2025, o estado do Acre, no Brasil, declarou situação de emergência em saúde pública devido ao aumento alarmante de casos de dengue. Até agora, foram confirmados 4.036 casos da doença, resultando na morte de uma criança de nove anos. Com um aumento nas infeções em comparação ao ano anterior, as autoridades locais estão em alerta máximo.
A situação se agrava ainda mais com dois outros óbitos sob investigação, e um crescimento no número de casos prováveis, que somam 6.346 até o momento. Este aumento representa uma taxa de crescimento de 19,3% em relação ao mesmo período de 2024, indicando um surto significativo que desafia o sistema de saúde do estado.
Aumento de outras arboviroses
O Acre não enfrenta apenas a dengue; os casos de chikungunya também dispararam, aumentando 411,9% em relação ao ano anterior. O zika vírus seguiu a mesma tendência, com um crescimento de 49,5% nos casos reportados. Essas doenças, todas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, exigem uma resposta coordenada para prevenir uma crise ainda maior.
Autoridades destacam a importância de ações preventivas e de monitoramento contínuo para controlar a proliferação do vetor. Em resposta, foram intensificadas as campanhas de conscientização pública, além de mobilizações em larga escala para eliminação de criadouros de mosquitos em áreas urbanas e rurais.
Ações que estão sendo tomadas
O decreto emergencial busca mobilizar recursos e apoio em todos os níveis governamentais para enfrentar o surto. Medidas incluem treinamento de equipes de saúde, distribuição de insumos vitais e parcerias com o governo federal para fortalecer as capacidades de resposta locais.
No município de Rio Branco, um plano de contingência foi estabelecido, envolvendo múltiplos setores para combater efetivamente a propagação do mosquito transmissor. As autoridades enfatizam a importância de remover água parada, principal local de reprodução do Aedes aegypti.
Colaboração da comunidade
A vacinação contra a dengue também é uma estratégia em curso no estado. A vacina Qdenga está disponível para adolescentes de 10 a 14 anos, como parte dos esforços para reduzir o impacto do surto. As autoridades de saúde incentivam que os jovens se vacinem em postos de saúde locais.
A cooperação comunitária é essencial. A população é incentivada a permitir a entrada de agentes sanitários em suas residências para controle de focos do mosquito e a procurar atendimento médico ao surgirem sintomas relacionados às arboviroses. Há orientação para buscar unidades básicas de saúde em casos de sintomas leves, priorizando o Pronto-Socorro de Rio Branco para emergências.
Perspectivas
A declaração de emergência reflete a gravidade da situação e a urgência em implementar soluções eficazes. A colaboração entre governo e sociedade civil é fundamental para conter o avanço da dengue e outras arboviroses no Acre. Combinando vacinação, campanhas de conscientização e melhorias na infraestrutura de saúde, o estado espera reverter o crescente número de casos e proteger a saúde pública.