Foto: Reprodução/TV Globo.
São Paulo enfrentou uma grave sequência de chuvas intensas nesta última sexta-feira, resultando em diversos transtornos para seus moradores. Além dos alagamentos que tomaram diversas vias e áreas da cidade, cerca de 80 mil imóveis ainda estavam sem energia elétrica até o final da noite. O fenômeno climático incluiu inundações não apenas nas ruas, mas também em estações do metrô, dificultando a vida dos passageiros.
O temporal, que teve início às 15h20, levou a Prefeitura de São Paulo a decretar estado de atenção para alagamentos, alerta que permaneceu em vigor por mais de duas horas. Durante esse período, a Defesa Civil disparou um “alerta severo” para a população, chamando atenção para a possibilidade de ventos fortes e eventual queda de granizo na região metropolitana.
Quais foram as causas do temporal em São Paulo?
Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas, as fortes tempestades foram originadas por “áreas de instabilidade formadas pela brisa marítima, pelo calor e pela alta disponibilidade de umidade”. Esses fatores combinados resultaram em rajadas de vento que atingiram até 70 km/h, causando quedas de árvores e danificando a rede elétrica em alguns bairros.
O impacto não passou despercebido por locais movimentados como o Shopping Center Norte, onde parte do teto desabou. Felizmente, não houve relatos de feridos, mas a situação causou um vazamento, isolando algumas áreas do shopping.
Como o transporte público foi afetado pelo temporal?
A chuva também criou um caos no sistema de transporte público de São Paulo. As linhas de metrô, especialmente a Linha 1-Azul, enfrentaram sérios problemas quando as estações Armênia, Jardim São Paulo e Tucuruvi foram completamente alagadas. Isso resultou na redução da velocidade dos trens e em atrasos significativos para os passageiros.
A CPTM não ficou ilesa, com interrupções relatadas entre as estações São Miguel Paulista e Comendador Ermelino. As linhas 7-Rubi, 8-Diamante e 12-Safira também tiveram seus serviços parcialmente interrompidos devido aos alagamentos.
Como a população de São Paulo foi alertada sobre os riscos durante a tempestade?
Em um esforço para proteger a população, a Defesa Civil do Estado enviou um “alerta severo” a todos os celulares dentro da área afetada. Utilizando a tecnologia CellBroadcast, que atinge celulares com 5G ou 4G, a mensagem visava alertar a população sobre os perigos iminentes e as melhores práticas para se proteger durante as tempestades.
A comunicação rápida e eficiente é crucial em situações como essa, onde o tempo de reação da população pode fazer a diferença entre evitar ou não uma calamidade maior.
Reações e Medidas Tomadas pelas Autoridades
Com o rápido aumento no número de imóveis sem luz, a Enel, concessionária responsável pelo fornecimento de energia, teve que mobilizar suas equipes para resolver os problemas. Inicialmente, cerca de 179 mil imóveis estavam sem eletricidade, mas a empresa conseguiu restabelecer a energia para aproximadamente 30% das unidades afetadas até o início da noite.
Esse episódio sublinha a importância de preparar e alertar a população para enfrentar eventos climáticos extremos, mostrando como a resposta coordenada entre governo, empresas e cidadãos é vital para minimizar os transtornos durante emergências.