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A varicela, mais conhecida como catapora, é uma doença altamente contagiosa causada pelo vírus Varicela-Zóster. Isso a torna preocupante, especialmente em crianças. Caracteriza-se por lesões cutâneas que causam intensa coceira. A vacinação é a medida mais eficaz para preveni-la. Uma proteção completa se obtém com a aplicação de duas doses: a primeira aos 15 meses de idade e a segunda aos 4 anos.
Os casos de catapora podem ser leves, mas a doença pode agravar-se e ocasionar complicações severas, que em casos raros, podem levar à morte. Apesar disso, muitas crianças ainda não estão totalmente imunizadas, o que evidencia a necessidade de entender a importância das vacinas e garantir o acesso aos imunizantes nos postos de saúde.
Por que a vacinação é essencial?
A vacinação vai além da saúde individual; ela também é uma responsabilidade coletiva. Quando a maioria da população está imunizada, reduz-se a circulação do vírus, proporcionando proteção ao grupo como um todo, incluindo aqueles que não podem receber a vacina por motivos médicos.
Infelizmente, atualmente o índice de imunização contra a catapora no Brasil está abaixo da meta recomendada. O Ministério da Saúde sugere que 95% das crianças estejam vacinadas, porém apenas pouco mais de 71% receberam a imunização completa. Este déficit pode comprometer a saúde pública.
Quais são os desafios para a vacinação de catapora?
O cenário atual evidencia a escassez de vacinas em várias regiões do país, incluindo 16 estados e o Distrito Federal. Esse problema, que muitos postos de saúde enfrentam, levou a uma procura intensa e desigual pelo imunizante.
A situação é agravada por problemas de fornecimento, conforme relatou o Ministério da Saúde, que se comprometeu a normalizar a distribuição de vacinas brevemente. Enquanto isso, as prefeituras adotam estratégias para otimizar as poucas vacinas disponíveis.
Como as cidades estão gerindo a situação?
Em cidades como Contagem, próxima a Belo Horizonte, 20 mil crianças têm seus cartões de vacinação incompletos devido à falta do imunizante. Normalmente, os postos de saúde da região recebem cerca de 6 mil doses mensais, mas os números caíram drasticamente nos últimos meses.
Para contornar o problema, algumas soluções provisórias foram implementadas, como a centralização das vacinas em locais estratégicos e de maior fluxo, como shoppings, durante o período de férias. Isso não apenas facilita o acesso às vacinas, mas também garante melhor aproveitamento das doses disponíveis.
Perspectiva para a disponibilidade de vacinas
De acordo com o Ministério da Saúde, houve um problema com o fornecedor em 2023, o que causou o desabastecimento. Contudo, medidas para regularizar essa situação já foram tomadas, incluindo contratos com outros laboratórios e o encaminhamento de entregas regulares.
Espera-se que a distribuição se normalize nos primeiros meses de 2024, permitindo que a demanda reprimida seja atendida adequadamente. Isso é fundamental para garantir que todas as crianças estejam protegidas contra a catapora e para alinhar o país às metas de imunização.