Foto: Divulgação/PCDF.
Em um desdobramento chocante, Thalissa dos Santos Araújo foi capturada em vídeo admitindo participação no homicídio da amiga Samara Regina da Costa Dias. O caso, que ocorreu em dezembro passado, envolveu Thalissa e seu companheiro, Tiago Alves Cajá, na tentativa de forjar um suicídio para encobrir o crime e obter os bens da vítima. Imagens divulgadas mostram o momento em que Thalissa, confrontada por amigos, confirma sua participação no assassinato.
A descoberta do suposto suicídio de Samara aconteceu após seu corpo ser encontrado em sua residência. A cena do crime era intrigante para a polícia, pois a configuração indicava que a altura da janela era insuficiente para um enforcamento, levantando suspeitas sobre a possibilidade de um crime encoberto. Inicialmente, a ausência de sinais explícitos de violência levou as autoridades a considerarem o caso como suicídio, sustendo-se na história de depressão enfrentada por Samara após a morte de familiares próximos.
Como a verdade foi revelada
O plano meticulosamente planejado começou a ruir quando Tiago foi detido por violência doméstica. Durante o interrogatório na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher, Thalissa renunciou ao seu silêncio e acusou Tiago de matar Samara. Segundo ela, Tiago teria utilizado um mata-leão para tirar a vida da antiga amiga da infância. Este testemunho foi um ponto crucial nas investigações, que logo revelaram a trama de Thalissa e Tiago.
Distorcendo a realidade, Thalissa tentou se isentar de culpa afirmando que sua participação no crime se limitava à compra de um lanche para o agressor e a vítima. Porém, essa narrativa não resistiu ao escrutínio das investigações, uma vez que denúncias e evidências posteriores detalharam sua colaboração ativa na tentativa de encobrir o assassinato.
Fatores que contribuíram para a deliberação do caso
As investigações foram impulsionadas por evidências críticas, incluindo um laudo pericial que apontou asfixia como a causa da morte de Samara, sem indícios de resistência física, o que sugere que ela foi pega desprevenida, possivelmente dopada, conforme sugerido pelas autoridades. Além disso, testemunhas descreveram o comportamento suspeito dos acusados, e a descoberta de que o celular da vítima havia sido descartado por Tiago para eliminar rastros, corroboraram a participação de Thalissa na conspiração.
A polícia concluiu que Samara teria sido adormecida com medicamentos antes de ser sufocada, num grotesco teatro para assegurar a impunidade dos culpados. As declarações e contradições durante os interrogatórios contribuíram para solidificar o caso contra Thalissa e Tiago, cuja pena pode incluir acusações agravadas de homicídio duplamente qualificado e fraude processual.
Consequências para envolvidos
Com o encerramento das investigações, o casal enfrenta uma potencial condenação de até 34 anos de prisão, englobando crimes de homicídio qualificado e tentativa de encobrir o ato com alegações de suicídio. Além das penas legais, a comoção social causada pelo crime abalou a comunidade, principalmente devido à relação íntima entre vítima e acusados, todos amigos de longa data.
A polícia reafirmou sua dedição em casos de violência doméstica e homicídios, destacando a importância da comunidade em fornecer dicas e colaborar com as autoridades para prevenir que tragédias semelhantes ocorram. O desenrolar do caso lembra a complexidade envolvida na resolução de crimes que à primeira vista podem parecer simples, mas revelam camadas profundas de premeditação e traços humanos cruéis quando desmembrados pela justiça.