Foto: Joédson Alves/Agência Brasil.
Desde o início de 2024, a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem experimentado uma mudança significativa na percepção dos eleitores que se identificam como católicos. No começo do ano, uma maioria de 59% dessa demografia havia expressado que o governo petista era superior ao de Jair Bolsonaro. No entanto, uma pesquisa mais recente realizada pela PoderData entre 14 e 16 de dezembro indica que essa aprovação caiu para 44%.
A pesquisa destacou ainda que o número de eleitores que acreditam que a administração atual é pior do que a de seu antecessor subiu para 35%. Esta mudança representa um desafio crescente para o presidente, pois demonstra um aumento no descontentamento entre o eleitorado católico, refletido na variação de opinião ocorrida durante o ano.
Como os evangélicos percebem o governo atual?
Já entre os eleitores evangélicos, a situação é ainda mais crítica para Lula. Desde a posse, quando 27% consideravam o atual governo como “melhor”, os números flutuaram, chegando a 33% no início de 2024, mas atualmente reduziram para 22%. Simultaneamente, metade dos evangélicos agora acredita que a administração petista é pior, reforçando assim o contínuo desafio para o governo conquistar essa parcela da população.
O peso das pesquisa de opinião e como elas funcionam
É importante entender como essas pesquisas são realizadas para interpretar seus resultados. No estudo mais recente, 2.500 pessoas de diferentes regiões do Brasil foram entrevistadas por meio de chamadas telefônicas, utilizando o sistema URA. A PoderData ajustou os dados para equilibrar variáveis como sexo, idade e grau de instrução, garantindo uma margem de erro de 2 pontos percentuais.
Quais fatores influenciam na perda de suporte?
Vários fatores podem estar contribuindo para a queda na aprovação do governo entre católicos e evangélicos. Entre eles, destacam-se decisões políticas que não encontram ressonância com os valores e expectativas desses grupos. Além disso, questões econômicas e sociais igualmente desempenham um papel crucial na determinação de sua opinião.
Quais são as implicações para o futuro político?
- A queda na popularidade pode afetar a base de apoio do governo nas eleições futuras.
- Podem surgir pressões internas e externas para mudanças nas políticas atuais.
- O governo pode precisar desenvolver estratégias direcionadas para reconquistar a confiança desses grupos.
Com um cenário político em constante mudança, é essencial para qualquer administração entender e responder efetivamente às preocupações de seus eleitores, especialmente em tempos de aprovação flutuante.