BYD: A Expansão da Montadora no Brasil e América Latina
A BYD, renomada fabricante de veículos elétricos, vem consolidando sua presença no Brasil com planos de expansão ambiciosos. Em 2024, a empresa está em vias de concluir a construção de sua fábrica em Camaçari, Bahia, que já tem a produção prevista de dois modelos significativos: o SUV Song Pro com motorização híbrida flex plug-in e o compacto elétrico Dolphin Mini. A expectativa é que a fábrica atinja capacidade plena em breve, com a montagem de até 12 modelos diferentes, incluindo dois desenvolvidos exclusivamente para o mercado brasileiro.
Stella Li, CEO da BYD nas Américas, confirma que dois novos veículos projetados especificamente para o Brasil serão introduzidos entre o final de 2025 e o início de 2026. Embora os detalhes sobre esses modelos ainda não tenham sido revelados, especula-se que um deles será uma picape compacta, apelidada de “baby Shark”, destinada a competir no mercado com modelos como a Fiat Strada.
Quais são os planos de expansão da BYD para o mercado brasileiro?
A fábrica de Camaçari está projetada para gerar aproximadamente 20 mil empregos diretos e indiretos até o final de 2026. Inicialmente, 2 mil novos postos de trabalho serão criados no início de 2025, com mais vagas previstas à medida que a produção de veículos como o Song Pro e Dolphin Mini se intensifique. A planta visa a capacidade de até 150 mil carros anualmente nos primeiros anos, com potencial de dobrar essa capacidade posteriormente, reforçando o compromisso da BYD com o desenvolvimento do setor automotivo local.
Além do foco na produção de automóveis para o Brasil e América Latina, a BYD planeja um centro de pesquisa e desenvolvimento local, que integrará um time de 2 mil profissionais qualificados. Este centro será essencial para garantir que os modelos desenvolvidos se alinhem com as necessidades e preferências dos consumidores desta região.
Como a BYD está lidando com as investigações de condições de trabalho?
A construção da fábrica de Camaçari atraiu a atenção do Ministério Público do Trabalho devido a denúncias de práticas degradantes por empresas terceirizadas. Em resposta, a BYD tomou medidas imediatas para garantir a segurança e o respeito aos trabalhadores. A empresa expressou “tolerância zero” contra abusos e já afastou gestores de terceirizadas envolvidas nas denúncias, reforçando a vigilância nas operações para assegurar conformidade com as leis trabalhistas.
Stella Li enfatiza que a empresa está comprometida com altos padrões de segurança e ética no ambiente de trabalho. A BYD afirma que suas operações no Brasil, que já duram uma década, sempre seguiram rigorosamente as diretrizes locais, mantendo seu compromisso com práticas empresariais responsáveis.
O que o futuro reserva para a BYD no Brasil?
Com a construção da fábrica em Bahia e planos para novos modelos, a BYD se posiciona estrategicamente no mercado sul-americano. A proposta de expandir sua linha de produção reflete a confiança no potencial do mercado brasileiro e na crescente demanda por veículos elétricos e sustentáveis. Além disso, a empresa já planeja uma planta no México para atender outros mercados das Américas, reforçando sua presença global.
Os investimentos significativos e a promessa de inovação indicam que a BYD está preparada para enfrentar os desafios e oportunidades do mercado automotivo brasileiro, contribuindo para o avanço da mobilidade eletrificada na região.