O cenário dos carros populares no Brasil em 2024 passa por transformações significativas, principalmente devido ao aumento nos preços e à diminuição das opções disponíveis para os consumidores. Modelos como o Renault Kwid e o Fiat Mobi representam alternativas acessíveis, mas enfrentam desafios relacionados a custo e valor percebido nas suas respectivas categorias.
Desde seu lançamento em 2017, o Renault Kwid experimentou um aumento de preço substancial. A questão econômica e a flutuação cambial do dólar têm desempenhado um papel crucial nesse reajuste. Enquanto isso, o Fiat Mobi se mantém como uma das opções mais baratas do país, mas também enfrenta pressões de preço e a necessidade de se diferenciar no mercado.
Por que o Renault Kwid aumentou de preço?
O aumento nos preços do Renault Kwid pode ser atribuído em parte à valorização do dólar, que impacta diretamente os custos de produção. Embora o veículo contenha componentes nacionais, ainda depende de peças importadas, o que ocasiona um aumento no preço final para o consumidor. Para 2025, todas as versões do Kwid tiveram um acréscimo de R$ 1.500, tornando-se um desafio para aqueles que buscam economia sem abrir mão de funcionalidades.
Dentre as versões, o Kwid Zen saltou de R$ 74.590 para R$ 76.090. A versão Intense agora custa R$ 79.090, enquanto a Intense Pack Biton e a versão Outsider alcançam valores de R$ 81.990 e R$ 82.090, respectivamente. As tarifas refletem, em parte, as melhorias e complementos tecnológicos oferecidos, como a inclusão de central multimídia e ajustes elétricos em alguns modelos.
Qual é o diferencial do Fiat Mobi em relação ao Renault Kwid?
O Fiat Mobi se posiciona como uma alternativa competitiva ao Kwid, graças ao seu preço mais acessível, com a versão Like custando R$ 74.990. Embora economize no valor, o Mobi oferece características como controle de tração e estabilidade, além de assistente em rampa, aspectos que agradam àqueles que priorizam segurança. A versão Trekking adiciona recursos de entretenimento avançados, como uma central multimídia de sete polegadas com conectividade sem fio, um ponto positivo em comparação ao Kwid.
No entanto, o Mobi possui um porta-malas menor, com capacidade de 200 litros em comparação aos 290 litros do Kwid, um fator considerável para consumidores que prezam por espaçol. Em termos de motorização, ambos os modelos utilizam motores 1.0, mas com leves diferenças nas especificações de potência e torque.
Quais são as tendências de vendas no mercado de carros populares?
Até o final de 2023, os dados de vendas mostram uma clara vantagem para o Mobi em relação ao Kwid. Segundo a Fenabrave, o Mobi conquistou 61.832 compradores, enquanto o Kwid atraiu 50.032, ficando na 7ª e 12ª posição, respectivamente, no ranking geral de vendas. Esse desempenho ilustra não apenas a preferência do consumidor por um preço mais baixo, mas também a valorização de recursos oferecidos nas versões do Mobi.
A tendência indica que, para 2024, o mercado brasileiro de carros populares deverá continuar a transitar por ajustes e reposicionamentos, à medida que os fabricantes tentam equilibrar custo, eficiência e inovação tecnológica para se manterem atrativos aos consumidores cada vez mais criteriosos.