A transição energética no Brasil teve seu início na década de 1930 com a introdução de etanol na gasolina. Essa iniciativa buscava reduzir a dependência do país em relação aos combustíveis importados. Nos anos 1970, em um contexto de crise do petróleo, o governo lançou o Proálcool, um programa que incentivava o uso do etanol derivado da cana-de-açúcar como alternativa ao petróleo.
O desenvolvimento de veículos flex-fuel foi um marco importante nesse processo, permitindo que carros utilizassem tanto gasolina quanto etanol de forma eficiente. Nos últimos anos, a hibridização dos veículos tem sido discutida como um passo estratégico para potencializar a transição energética no país, fazendo uso do etanol como peça-chave.
China: estratégia e inovação nos veículos elétricos
A China se destacou no cenário de veículos elétricos ao investir massivamente nessa tecnologia. O foco foi reduzir a poluição urbana e competir em um segmento onde o domínio das montadoras ocidentais não era absoluto. O investimento em pesquisa, desenvolvimento e produção em larga escala possibilitou à China reduzir custos e competir globalmente.
Com a aplicação de estratégias competitivas centradas em inovação e custo-benefício, a China conquistou uma posição de destaque no mercado automotivo global, desafiando as tradicionais montadoras e estabelecendo-se como um forte player na indústria de veículos elétricos.
A transição da Europa para veículos elétricos
A Europa tem promovido políticas de incentivo ao uso de veículos elétricos, mesmo enquanto parte de sua energia ainda vem de fontes fósseis. Este esforço está alinhado com a meta de descarbonização da matriz energética. Países como Portugal têm avançado significativamente com o uso de energias renováveis, enquanto a França explora a energia nuclear para suprir suas necessidades.
Essas políticas se justificam em um contexto onde a infraestrutura para geração de energia limpa ainda está em desenvolvimento, mas já ocorre um claro movimento em direção a fontes renováveis, justificando o investimento em veículos elétricos como parte de uma visão de longo prazo para a sustentabilidade ambiental.
Impacto ambiental das baterias dos veículos elétricos
O impacto ambiental relacionado às baterias de veículos elétricos é um tema amplamente discutido. No entanto, baterias de outros dispositivos, como celulares, frequentemente não recebem a mesma atenção. O descarte frequente de dispositivos móveis gera um impacto ambiental significativo, se comparado às baterias veiculares.
Além disso, existe potencial para que baterias de veículos elétricos sejam reaproveitadas, por exemplo, em sistemas de armazenamento de energia. Esse reuso pode mitigar parte do impacto ambiental inicial. Processos de reciclagem estão se aprimorando, tornando mais viável a recuperação de materiais valiosos e a redução de resíduos.
Prognóstico da tecnologia híbrida no Brasil
Os veículos híbridos, que combinam motores de combustão com motores elétricos, têm sido vistos como uma solução transitória no Brasil. Modelos que utilizam etanol são especialmente relevantes, dado o ciclo de carbono que a cana-de-açúcar proporciona. Contudo, o futuro dessa tecnologia é incerto diante das políticas que emergem para limitar ou banir veículos a combustão.
Regulamentações nos Estados Unidos e na União Europeia sugerem que essa tecnologia pode se tornar obsoleta em algumas décadas, à medida que o foco global se desloca para veículos totalmente elétricos. A evolução contínua das baterias e das infraestruturas de carregamento pode acelerar essa transição, desafiando o atual modelo de uso de híbridos no Brasil.