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Com o anúncio de novos nomes para o primeiro escalão do governo de Donald Trump, diversas figuras de relevância internacional foram escolhidas para ocupar cargos estratégicos. Entre os indicados, estão Scott Bessent para o Tesouro e Janette Nesheiwat como cirurgiã-geral. As nomeações ainda aguardam confirmação pelo Senado, um passo crucial para a oficialização dos cargos.
As escolhas parecem indicar uma ênfase em reformas fiscais e desregulamentação econômica. Nomeações como a de Russ Vought para o Escritório de Gestão e Orçamento seguem essa linha, reforçando a prioridade do governo em ajustes econômicos e financeiros.
Quais são os principais nomes do novo gabinete?
O milionário investidor Scott Bessent foi escolhido para comandar o Tesouro, sendo conhecido por suas habilidades em estratégias econômicas e geopolíticas. Ele entra em cena com um histórico de atuação no cenário internacional e um compromisso antigo com reformas econômicas, o que o coloca como uma figura central no novo governo.
Janette Nesheiwat, por outro lado, foi indicada para o posto de cirurgiã-geral. Ela é conhecida por seu trabalho em medicina preventiva e cuidados de saúde pública. A médica, que também presta comentários na Fox News, focará em garantir acesso a cuidados de saúde acessíveis e de qualidade para os americanos.
Como essas nomeações impactam a política econômica e social?
A nomeação de Scott Bessent reforça uma postura pró-deregulamentação e reformismo fiscal que pode indicar mudanças significativas na abordagem econômica do governo. Espera-se que medidas de desregulamentação sejam implementadas para incentivar o investimento e o crescimento econômico.
Na área social, nomes como o de Janette Nesheiwat sugerem um reforço na promoção da medicina preventiva e na melhoria do acesso aos serviços de saúde. Seu papel será crucial para delinear as políticas de saúde pública em um país que enfrenta desafios contínuos na área.
Lista completa dos escolhidos de Trump
Veja a lista completa de nomeações de Donald Trump para a nova administração:
- Susie Wiles – Chefe de Gabinete
Primeira mulher a ocupar o cargo, Wiles é uma das principais responsáveis pela campanha de Trump e tem experiência em campanhas anteriores, incluindo as de Ronald Reagan e Rick Scott. Ela também foi fundamental na reconstrução da imagem de Trump após o ataque ao Capitólio em 2021. - Stephen Miller – Vice-Chefe de Governo para Política
Ex-assessor de Trump e figura central em questões de imigração, Miller será responsável por políticas relacionadas à imigração e segurança, incluindo medidas rigorosas contra imigrantes ilegais. - Tom Homan – Czar das Fronteiras
Ex-diretor do ICE, Homan será responsável pelo controle de fronteiras e imigração, com foco na deportação em massa de imigrantes ilegais. Ele tem uma vasta experiência em segurança fronteiriça e imigração. - Kristi Noem – Secretária de Segurança Interna
Governadora de Dakota do Sul, Noem trabalhará em estreita colaboração com Tom Homan para garantir a segurança do país, especialmente nas questões relacionadas à segurança interna e imigração. - Elise Stefanik – Embaixadora dos EUA na ONU
Congressista de Nova York, Stefanik foi uma defensora ativa de Trump durante o impeachment e será a representante dos EUA na ONU, onde continuará a promover a agenda “America First”. - Michael Waltz – Conselheiro de Segurança Nacional
Veterano de guerra e congressista da Flórida, Waltz será responsável por questões de segurança internacional, como a guerra na Ucrânia e os conflitos no Oriente Médio, com foco em ameaças de países como China, Rússia e Irã. - Lee Zeldin – Chefe da Agência de Proteção Ambiental (EPA)
Ex-deputado de Nova York, Zeldin será encarregado de dirigir a EPA, com foco em desregulamentação, promovendo políticas que beneficiem a indústria e garantam altos padrões ambientais. - Pete Hegseth – Secretário de Defesa
Apresentador da Fox News e veterano militar, Hegseth comandará o Departamento de Defesa, com a missão de fortalecer o Exército e garantir que os EUA permaneçam uma potência militar global. - Mike Huckabee – Embaixador dos EUA em Israel
Ex-governador do Arkansas, Huckabee tem uma forte relação com Israel e será responsável por fortalecer os laços com o país e trabalhar pela paz no Oriente Médio. - Elon Musk e Vivek Ramaswamy – Departamento de Eficiência do Governo (DOG)
Musk, empresário bilionário da Tesla e SpaceX, e Ramaswamy, empresário e ativista, irão liderar o novo departamento com a missão de reduzir a burocracia, cortar gastos desnecessários e reestruturar agências federais. - John Ratcliffe – Diretor da CIA
Ratcliffe retorna ao cargo de diretor da CIA, onde será responsável pela segurança nacional e pela defesa dos direitos constitucionais dos norte-americanos. - Steven Witkoff – Enviado Especial ao Oriente Médio
Investidor imobiliário e filantropo, Witkoff será um líder nas negociações de paz no Oriente Médio, representando os interesses dos EUA na região. - William McGinley – Conselheiro da Casa Branca
Ex-secretário de gabinete de Trump, McGinley será responsável por assessorar o presidente e garantir a implementação da agenda “America First” na Casa Branca. - Scott Turner – Secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano
Ex-jogador da NFL, Turner será o novo secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano, trabalhando para melhorar as condições habitacionais e de desenvolvimento em todo o país. - Janette Nesheiwat – Cirurgiã-Geral dos EUA
Médica e comentarista da Fox News, Nesheiwat assumirá o cargo de cirurgiã-geral, com foco na saúde pública e no bem-estar dos cidadãos. - Dave Weldon – Diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC)
Ex-deputado e médico, Weldon será responsável por supervisionar o CDC, com um orçamento de 17,3 bilhões de dólares, e gerenciar políticas de saúde pública nos EUA. - Martin Makary – Chefe da FDA (Agência de Alimentos e Medicamentos dos EUA)
Cirurgião e escritor, Makary comandará a FDA, responsável pela regulamentação de alimentos, medicamentos e outros produtos essenciais para a saúde pública. - Russ Vought – Diretor do Escritório de Gestão e Orçamento (OMB)
Vought, ex-diretor do OMB, retornará para coordenar as prioridades orçamentárias do governo, ajudando a definir como os fundos serão alocados nas políticas de Trump. - Matt Gaetz – Procurador-Geral
Gaetz foi inicialmente indicado para o cargo de procurador-geral, mas se retirou, e foi substituído por Pam Bondi, ex-procuradora-geral da Flórida, que agora assumirá a função. - Alex Wong – Vice-Conselheiro de Segurança Nacional
Ex-funcionário do Departamento de Estado e especialista em questões sobre a Coreia do Norte, Wong trabalhará ao lado do conselheiro de segurança nacional. - Lori Chavez-DeRemer – Secretária do Trabalho
Congressista de Oregon, Chavez-DeRemer será responsável por construir a força de trabalho dos EUA e apoiar os trabalhadores americanos. - Karoline Leavitt – Secretária de Imprensa da Casa Branca
Karoline Leavitt, a mais jovem pessoa a assumir o cargo de Secretária de Imprensa, será responsável pela comunicação oficial da Casa Branca, promovendo as políticas e a agenda do governo Trump.
Essas nomeações reforçam o compromisso de Trump em seguir com uma agenda conservadora e de “America First”, priorizando questões como segurança, imigração, economia e a redução da burocracia governamental.
O que se pode esperar das futuras políticas sob esses novos líderes?
Nas áreas de habitação e desenvolvimento urbano, a presença de Scott Turner, ex-jogador da NFL, como secretário, indica um foco em revitalização e criação de oportunidades. Turner tem um histórico em iniciativas de reabilitação urbana, o que pode implicar em novos projetos e políticas destinadas a melhorar a infraestrutura e a moradia em áreas carentes.
Por outro lado, a gestão do CDC sob Dave Weldon pode ver um reforço das políticas de saúde pública no combate a doenças e na promoção de estilos de vida saudáveis. A FDA, liderada por Martin Makary, deverá continuar a desempenhar um papel essencial na regulação e aprovação de medicamentos, com potencial foco em inovação e segurança alimentar.
Quais são as expectativas gerais da administração Trump?
Com essas nomeações, o novo governo Trump parece estar se preparando para uma abordagem que privilegia a desregulamentação econômica e a reforma fiscal. Ao mesmo tempo, há uma clara intenção de melhorar a eficiência e a acessibilidade do sistema de saúde, além de revitalizar áreas urbanas por meio de políticas ativas de habitação.
Esses indicados proporcionam uma visão do que poderá ser a gestão do segundo mandato de Trump, com um enfoque em estratégias econômicas arrojadas e um compromisso renovado com a saúde pública e o desenvolvimento urbano. Como as novas leis e políticas serão implementadas e como serão recebidas pelo público, ainda está por se ver.