Em outubro de 2024, Sergipe foi palco de um crime que atraiu atenções e revelou detalhes chocantes de premeditação. O assassinato do advogado José Lael Rodrigues trouxe à tona um enredo onde a principal suspeita era ninguém menos que sua companheira, a médica cirurgiã plástica Daniele Barreto. A investigação revelou um esquema intrincado envolvendo não somente Daniele, mas também sua secretária e uma amiga próxima. As três foram indiciadas e presas nesta terça-feira (12/11).
A tragédia ocorreu no Bairro Treze de Julho, em Aracaju, onde José Lael foi mortalmente alvejado. O ataque aconteceu enquanto retornava com seu filho, Guilherme, após uma simples ida para comprar açaí. Este foi o momento escolhido por Daniele para avisar aos cúmplices, oferecendo o sinal necessário às integrantes do plano para que seguissem com o assassinato.
Como a médica Daniele Barreto participou do crime?
As investigações conduzidas pela Polícia de Sergipe desvendaram a participação direta de Daniele Barreto no planejamento do crime. Registros de câmeras de segurança foram fundamentais para a conexão dos eventos do dia. O veículo Polo, usado para transportar as cúmplices, foi alugado dias antes do assassinato, evidenciando o planejamento prévio. As gravações mostraram o carro estacionando em frente à residência de José Lael pouco antes do crime.
Foi através dessas imagens que as autoridades identificaram a coordenação do grupo. Daniele, ao que tudo indica, enviou um sinal para a amiga e a secretária, que estavam aguardando. Esse ato desencadeou o seguimento do advogado por dois executores em uma motocicleta, resultando no trágico desfecho.
Como era o relacionamento do casal?
O histórico conjugal entre Daniele Barreto e José Lael foi caracterizado por inúmeras turbulências e tentativas de separação, conforme apontado pela delegada responsável pelo caso. Informações obtidas indicam que as constantes desconfianças de José Lael sobre uma possível traição por parte da médica podem ter sido o estopim para o crime. No dia anterior ao assassinato, uma briga significativa entre o casal teria ocorrido, alimentando ainda mais as tensões.
Essas revelações colocam em perspectiva o nível de conflito interno que a relação mantinha, desmistificando o conceito de harmonia familiar nas redes sociais, onde Daniele acumulava uma grande presença com mais de 145 mil seguidores.
Como o crime foi investigado pelas autoridades locais?
A operação de investigação foi coordenada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em conjunto com o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). Além das prisões das envolvidas, foram conduzidos mandados de busca e apreensão em diversas áreas de Aracaju, incluindo os bairros Treze de Julho, São Conrado e Santa Maria.
Na análise de um crime tão impactante, o uso extensivo de tecnologias de vigilância e detecção foi crucial, destacando o crescente papel das câmeras de segurança na solução de investigações complexas. A abordagem meticulosa e coordenada das autoridades revelou não apenas o envolvimento direto das três mulheres no crime, mas também expôs o planejamento detalhado que precedeu a execução do ato violento.
O caso de Daniele Barreto ressoa como um exemplo perturbador de como conflitos pessoais podem, tragicamente, transcender para ações de violência extrema, sublinhando a importância da investigação e intervenção judicial nesses contextos tumultuados.